A televisão britânica BBC, por exemplo, avançou que Paulo Portas é uma “figura chave” do Executivo, sublinhando que lhe cabia a supervisão dos cortes estruturais na despesa do Estado. O mesmo órgão de comunicação social recordou a grave situação económica do país, a recessão e a greve geral da passada quinta-feira, mencionando as divergências existentes entre o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e Paulo Portas, no que toca às medidas de austeridade, nomeadamente o aumento de impostos sobre as pensões, desejado pelo chefe de Governo e rejeitado pelo líder do CDS.
Ao londrino “The Guardian”, Nicholas Spiro, líder de uma consultora de estratégia, afirmou que a saída de Portas transforma “um revés político” numa “crise total do Governo”. “Politicamente falando, o programa de ajustamento de Portugal está a desmoronar-se”, defendeu o analista, realçando a subida dos juros da dívida que se registou assim que a demissão de Portas foi anunciada.
