Não é uma promessa, mas sim o mais parecido com um compromisso que se ouviu até agora. «Ainda não tivemos condições em 2014, esperamos que no orçamento de 2015 seja possível ter um pouco mais de folga para reduzir a carga fiscal que afeta os trabalhadores», garantiu, na quarta-feira, a ministra das Finanças. Quanto aos salários da Função Pública, Maria Luís Albuquerque avisou que o Governo «não tem condições para dizer que, no próximo ano, será possível repor as remunerações», até porque o atual «corte transitório não é necessariamente anual». Falando no Parlamento, a ministra disse ainda ser convicção do Executivo que as medidas inscritas no Orçamento são constitucionais e assegurou que «não está em discussão» um programa cautelar. «Pretende-se acabar este programa [de resgate] e garantir a sustentabilidade das finanças públicas».
UTAO lança alertas
No dia em que o Eurostat divulgou o valor da dívida pública portuguesa no 2º trimestre (131,3% do PIB), a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) alertou que o Orçamento para 2014 só permite atingir um défice de 4,1% e não os 4% acordados. A UTAO também espera que o emprego caia mais do que o estimado.
