A luta contra a covid-19 não se baseou apenas num plano de contingência clínico, abordando as respostas técnicas em saúde. O sucesso dos resultados obtidos na região Norte, foi fruto do planeamento e da capacidade de antecipação, num ambiente de incerteza, mas teve um respaldo das instituições da cidade, que apoiaram, lideraram respostas complementares e em conjunto participaram neste desafio.
A generosidade de múltiplas iniciativas de apoio, seja em termos financeiros, seja em aquisição de equipamentos médicos ou de proteção individual, até à doação de bens produzidos pelas próprias empresas que, de forma pública ou discreta, pontual ou reiterada ao longo dos vários meses, de instituições públicas, privadas ou sociais e até de cidadãos individuais, proporcionaram uma ajuda inestimável, mas acima de tudo deram ânimo às equipas, reconhecendo o seu trabalho e mostrando que não estavam sozinhos. Os profissionais de saúde não se vão esquecer.
Por outro lado, as autarquias da Maia, Valongo e nomeadamente a do Porto, através do seu apoio incondicional, na oferta de ventiladores e de material de consumo clínico, e participando no Hospital de Campanha com a Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos, conseguiram unir a sociedade civil no seu propósito mais nobre.
São estes exemplos das gentes do Norte que, de forma resiliente, mostraram que nos tempos mais exigentes e difíceis, estavam presentes e deram um contributo único na resposta a este evento.
Fernando Araújo
Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de São João, EPE
