
Hoje a parentalidade é vivida de uma forma muito mais saudável, hoje o homem assume o papel preponderante na tríade gestacional.
Nas últimas duas décadas a presença do pai assumiu-se como um compromisso no processo educativo que se iria iniciar, mas também um processo de apoio à mulher na gestação.
É inegável que o homem é um elemento chave, que a sua importância é vital.
Hoje, o homem sente cada vez mais a necessidade de integração no processo gestacional. Este nunca saberá o que é gerar um bebé, mas tem competências e “funções” que são únicas e muito importantes no apoio a mulher.
Cimentar uma relação no apoio e confiança e permitir ao homem ser esse pilar no processo educativo pré e pós-parto não só favorece o casal e a sua relação, mas dá à criança uma experiência real de parentalidade positiva.
Felizmente, a ideia machista da natalidade cai em desuso e são eles, os homens, que pedem e se chegam para intervirem e ser parte ativa.

Permitam que o vosso companheiro se envolva na gravidez, parto e pós-parto. Reforcem positivamente pois daí nascem laços e reforços de relações que favorecem a tríade.
A vocês homens, assumam este papel como sendo o nosso contributo para um papel exclusivo só nosso. Não deixem de viver momentos únicos da vossa vida, é importante para o pai ser papel ativo no apoio à grávida no âmbito emocional. A gravidez é um processo de evolução hormonal, que pede às grávidas várias adaptações. O aumento ponderal de peso, o crescimento da barriga, o corpo adaptado à maternidade são processos em que o homem deve apoiar, incentivar e motivar para que essas alterações não se tornem patológicas.
O nosso papel é especial, essencial e muito importante para deixar de ser vivido. Aproveitem cada minuto da gravidez participando na vigilância, aproveitem cada minuto do parto sendo presentes e interventivos, e sejam sempre proativos no pós-parto cuidando dos vossos filhos e sendo um agente motivacional das vossas companheiras.
Nada é definido por uma equação estática, tudo depende de cada um de vocês.
Milagre da Vida deve ser vivido.
Bruno Reis
Enfermeiro especialista em Saúde Materna e Obstetrícia