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O impacto do desconfinamento nos animais de estimação

O impacto do desconfinamento nos animais de estimação

Os portugueses estão visivelmente satisfeitos com o avanço do plano de desconfinamento, que os aproxima, cada vez mais, para o tão desejado antigo “normal”. Saturados de estar em casa, confinados a quatro paredes, são cada vez mais os que aproveitam as (já algumas) possibilidades para uma saída de casa: seja para regressar ao trabalho presencial, às aulas ou mesmo para se distrair com amigos e familiares.

Mas, será que os animais de estimação dos portugueses estarão igualmente entusiasmados com o desconfinamento, que volta a “empurrar” para fora de casa os seus donos? Neste aspeto, é preciso ter muita atenção, alertou o veterinário Bruno Santos, que afirmou que o desconfinamento “será uma mudança desafiante na vida dos animais de estimação”.

“Poderá tornar-se num problema, ainda para mais se esta transição for feita de forma abrupta”, apontou, em entrevista ao Notícias ao Minuto.

De acordo com o especialista, os animais de estimação foram os “maiores beneficiados dos confinamentos que vivemos”, uma vez que tiveram os donos “mais tempo em casa, por vezes até a família inteira”.

Sendo os animais seres que, à semelhança da maior parte dos humanos, gostam de rotinas, a transição do confinamento para o desconfinamento deve ser feita com muito cuidado. No caso dos cães, por exemplo, uma alteração radical poderá despoletar comportamentos de ansiedade, medos, ou até fobias que se podem traduzir em situações de ladrar excessivamente a outras pessoas e/ou animais ou até mesmo manifestações de agressividade, esconderem-se, roer objetos, urinar e/ou defecar em locais inapropriados e diferentes dos habituais, deixar de comer/beber, alertou.

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No que respeita aos gatos, Bruno Santos considera que, ainda que sejam mais independentes, poderão experienciar os mesmos sentimentos. “Podem apresentar sinais de estado depressivo semelhantes aos do cão, caso não exista uma preparação adequada para o desconfinamento”.

Uma das formas de reduzir o impacto do desconfinamento e, consequentemente, a ansiedade provocada nos animais de estimação, poderá ser “tentar manter as rotinas o mais parecidas possível”, tendo sempre em atenção que “qualquer alteração deve ser introduzida de forma lenta”.

Para o especialista, é importante que se organize o dia de forma a “começar já a introduzir pequenas alterações”, como por exemplo “o horário dos passeios do cão assim como a duração destes”. “A hora do dia em que alimenta o seu animal, também, deve ser o mais aproximada possível do horário que irá cumprir quando desconfinar”.

“Enquanto não volta à sua rotina antiga pode, em jeito de dica, realizar alguns exercícios/atividades com o seu animal, ou seja, começar a sair de casa durante pequenos intervalos de tempo que vai progressivamente aumentando de dia para dia, sendo, sempre, importante que sempre que saia e entre evite, durante cerca de 15 minutos, o contacto físico com o seu animal”, completou Bruno Santos.

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