Ilustração

O projeto da Sogevinus surge com o objetivo de reforçar o papel da marca como embaixadora de Portugal e do talento nacional. A escolha das localidades em questão não será, por isso, de estranhar. “São quatro cidades emblemáticas, das que mais visitantes recebem e com arquiteturas bastante marcantes”, notou Tânia Branco Oliveira, da Sogevinus. O resultado final? Quatro rótulos que dão visibilidade “ao que o país tem de melhor”.  “A Casa Barros tem como missão revelar ao mundo o melhor de Portugal, refletindo, por isso, o autêntico espírito português como é a nossa história e tradição, mas também o rasgo, a inovação e a modernidade. Todos os lançamentos especiais da marca têm na sua origem este objetivo”, acrescentou a responsável, frisando que “a portugalidade, a experiência, a beleza e a contemporaneidade” são símbolos “inimitáveis” do caráter português, aos quais ninguém “consegue resistir”.

Memórias para “levar e guardar”

No rótulo dedicado ao Porto é impossível não identificar, de imediato, alguns edifícios incontornáveis como a Torre dos Clérigos, a Sé e a Casa da Música. “A representação de cidades imaginárias e reais tem sido uma constante na minha linguagem gráfica e artística, pelo que o objetivo foi criar uma coleção com coerência e mantendo a identidade da Porto Barros. De cada cidade identifiquei os elementos icónicos e reorganizei-os livremente construindo uma espécie de carimbo singular. Cada rótulo, e por conseguinte cada garrafa, é uma memória da cidade, que se pode levar e guardar”, explicou Ana Aragão.

Segundo defendeu a ilustradora, “o mais enriquecedor foi a possibilidade de criar uma coleção de rótulos para uma marca de referência do Vinho do Porto, divulgando, nacional e internacionalmente, o património da cidade portuguesa”. “Para mim, o projeto é motivo de orgulho, considerando naturalmente que o resultado surgiu de um processo de diálogo com a marca”, acrescentou. Satisfeita com o ‘produto’ final, acredita que os cidadãos “se revejam na interpretação das suas cidades, e que, por isso, sintam empatia com as novas garrafas”. Além disso, considera que os desenhos conseguirão “suscitar curiosidade por parte do público internacional, que terá oportunidade de experimentar e levar consigo um pouco de Portugal”.

“Foi uma experiência que gostaria de repetir, sem dúvida”, confessou, afirmando, quase em tom de desafio, que talvez fizesse sentido “desenhar as cidades que ficaram por retratar, ou ainda testar outra linguagem artística que incluísse outras soluções técnicas e gráficas”. “Fica tudo em aberto”, concluiu.