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Igreja de Santa Clara reabre ao público com novo brilho

Igreja de Santa Clara reabre ao público com novo brilho

A Igreja de Santa Clara, no Porto, um dos monumentos mais icónicos do centro histórico da cidade, classificado monumento nacional, em 1910, reabriu portas no final do mês passado, depois de cinco anos de um minucioso trabalho de conservação e restauro, a cargo da Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN).

Com um significado ímpar na história da arte em Portugal, o equipamento, localizado na Sé, no Largo Primeiro de Dezembro, surge, agora, de “cara lavada” e com melhores condições para receber visitantes, nacionais e internacionais, e conquistar todos os que se interessam por este culto.

Para Laura Castro, diretora regional de Cultura do Norte, a Igreja de Santa Clara representa um “exemplar interessantíssimo de um edifício que percorre alguns séculos de existência” e que ao longo dos séculos tem conseguido “absorver as linguagens artísticas do seu tempo”.

A operação “Igreja de Santa Clara do Porto”, recorde-se, arrancou em 2016, tendo sido considerada uma das maiores intervenções de conservação e restauro levadas a cabo pela Direção Regional de Cultura do Norte.

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Em causa estiveram trabalhos de reabilitação sobre o “sistema construtivo e estrutural do edifício, a remodelação das infra-estruturas eléctricas, de telecomunicações e de segurança e a redução de barreiras arquitectónicas”. Além disso, segundo avançou a entidade, dias antes da reabertura oficial da igreja, o património envolveu também uma “intervenção profunda”, nomeadamente ao nível da “intervenção de todo o espólio artístico do imóvel”, onde foi contemplada a “talha dourada e policromada, a escultura, a pintura de cavalete, a pintura mural, a pedra, o azulejo, os metais e o património organístico”.

A produção do novo capítulo deste monumento portuense envolveu cerca de uma centena de pessoas, que trabalharam arduamente para resgatar todo o espólio artístico. Com esta intervenção, Adriana Amaral, responsável pela operação, considera que a Igreja de Santa Clara ganhou tridimensionalidade e uma leitura completamente distinta. “Era muito castanha, muito escura. Estava carenciada de tratamento… Tinha muitas poeiras depositadas. E o ataque da térmita, em algumas esculturas, conseguiu, inclusive, comer o interior. Quase que não havia madeira”, salientou, em entrevista à SIC.

Além de um trabalho de restauro surpreendente, que dotou a igreja de um novo brilho, os técnicos efetuaram, ainda, descobertas de novos elementos históricos, como uma lápide de granito, datada de 1645, em honra do Abade da Vandoma, figuras de santos pintadas sobre madeira do século XVII e ainda um revestimento azulejos anterior à talha dourada, descreve a mesma publicação.

A empreitada da Igreja de Santa Clara, referência do barroco nacional e um dos maiores exemplares de talha dourada do país, envolveu um investimento superior a 2,5 milhões de euros e é uma intervenção comparticipada em 85% pelo Programa Operacional Norte 2020 e Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, com o Mecenato da Irmandade dos Clérigos e Fundação Millennium BCP.

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