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Recheio 2024 Institucional

i3S premeia quatro projetos de combate à covid-19

i3S premeia quatro projetos de combate à covid-19

O Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto anunciou que a 3.ª Edição do Prémio de Inovação em Saúde, dedicado a encontrar soluções no combate à covid-19, distinguiu “quatro projetos inovadores nas áreas da prevenção, monitorização da doença, terapia e proteção”.

Um revestimento nanotecnológico para tornar as superfícies antivirais, um dispositivo médico para a monitorização da tosse de doentes, uma terapia contra uma inflamação descontrolada  presente em pessoas que faleceram com covid-19 e uma plataforma de desenvolvimento de anticorpos neutralizantes foram as soluções premiadas nesta edição.

Em comunicado enviado às redações, o i3S adianta que o projeto “Nanotecnología antiviral para superficies e filtros de ar cerâmicos”, apresentado pela startup “Smart Separations”, conquistou o “i3S Health Innovation Prize”, atribuído pelo i3S, Vallis Capital, Câmara Municipal do Porto e TECNIMEDE, no valor de 20 mil euros, e “mais um valor idêntico em serviços de apoio à inovação”, patrocinados pelo programa de aceleração Resolve-Health.

Hugo Macedo, líder da “Smart Separations”, explica, no comunicado, que a startup desenvolveu “um revestimento nanotecnológico com propriedades antimicrobianas que consegue destruir não só vírus do tipo betacoronavírus, como o SARS-CoV-2, mas também outros vírus, bactérias e fungos em segundos”. Segundo o responsável, este “pode ser incorporado numa gama alargada de materiais, incluindo madeira, metal, tecido e filtros de ar cerâmicos e facilmente aplicado a várias superfícies de contacto frequente”.

A solução em causa “é particularmente útil em locais frequentados por um elevado número de pessoas onde o risco de transmissão por superfícies contaminadas e ar é alto, como é o caso de escolas, hospitais, lares, transportes públicos, escritórios e fábricas”, sublinha ainda, garantindo que estes prémios vão “contribuir para desenvolver superfícies antivirais que permitirão, de forma mais sustentável, reduzir significativamente a transmissão de microorganismos patogénicos, como o coronavirus”.

Por sua vez, com o projeto “C-mo, um dispositivo médico para a avaliação da tosse de doentes no dia-a-dia”, a startup “C-mo Medical Solutions” conquistou o Porto Business School Award.

De acordo com Sara Lobo, co-fundadora da startup, “o C-mo é um dispositivo médico que faz a monitorização automática das características distintivas da tosse no dia-a-dia do doente, tal como a sua frequência, o tipo (seca ou produtiva, com ou sem pieira) e padrões de tosse associados”.

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“A capacidade do C-mo de relacionar a tosse com parâmetros fisiológicos relevantes, tais como a temperatura corporal, permite aos médicos obter informações extremamente valiosas, que são particularmente importantes durante esta pandemia dada a premência de se expandir o conhecimento sobre a covid-19”, afirma ainda, acrescentando que o dispositivo permitirá “diagnósticos mais precisos e a prescrição de tratamentos mais customizados e em função do quadro clínico do doente”.

O prémio atribuído pela Agência Nacional de Inovação (ANI), Born from Knowledge (BfK) Awards,  distinguiu o projeto “O receptor biológico Spα como agente terapêutico contra a infecção e sépsis (uma inflamação descontrolada amplamente presente em pessoas que faleceram com covid-19), liderado pelo investigador do i3S, Alexandre Carmo.

“Embora passe despercebido do público em geral, a sépsis é diretamente responsável por quase 20 % dos óbitos em todo o mundo, sendo a principal causa de morte em unidades de cuidados intensivos e a terceira em hospitais”, alerta o i3S, esclarecendo que no caso da covid-19 a sépsis é, talvez, “a manifestação mais frequente em pacientes hospitalizados”, sendo “a única complicação que afetou 100% de todos os não sobreviventes em Wuhan”.

Segundo Alexandre Carmo, “a terapia proposta pretende atacar não a causa, mas sim a consequência da infeção por SARS-CoV-2”. “Tem a grande vantagem de, sendo eficaz, poder vir a ser utilizada como terapia para quaisquer surtos futuros provocados por novos vírus ou outros patogénios ainda por ora desconhecidos”, acrescenta.

Já o projeto “Anticorpos IgY neutralizantes contra SARS-CoV-2 produzidos de ovos de galinha” (ASY-NAbs). proposto por investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC), conquistou o “Esfera Cúbica Award”.

“O nosso objetivo é o desenvolvimento de baixo custo e escalonável de anticorpos neutralizantes contra SARS-CoV-2, produzidos em ovos de galinha”, explica Ricardo Vieira-Pires, um dos responsáveis pelo projeto.

Os anticorpos, “purificados de ovo”, serão, de acordo com o investigador, a base para diversos bioprodutos de controlo e prevenção da covid-19. “Entre estes, está um BioSpray Anti-Coronavírus capaz de neutralizar a carga viral em superfícies, podendo ser aplicado, por exemplo, em equipamentos de proteção individual”, conclui.

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