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i3S avança com testes de diagnóstico de covid-19

i3S avança com testes de diagnóstico de covid-19

O Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) inicia, esta segunda-feira, a realização de testes de diagnóstico da covid-19. Uma iniciativa que, segundo adianta em comunicado, surge na sequência de um pedido feito pelo Centro Hospitalar Universitário São João e que prevê, numa fase inicial, a realização entre 100 a 150 testes diários.

No entanto, este número “deverá aumentar à medida que os procedimentos forem agilizados e os reagentes estiverem disponíveis no mercado”, explica, adiantando que, até ao momento, se voluntariam mais de 150 investigadores para integrar as equipas que vão participar nas diferentes fases do processo.

Para Pedro Rodrigues, vice-reitor da U.Porto com o pelouro da Investigação, e responsável por coordenar a ajuda da Universidade do Porto na luta contra a pandemia, “este é mais um exemplo da forma admirável como a comunidade do ecossistema científico da UP tem respondido aos apelos de apoio do Serviço Nacional de Saúde no combate à covid-19, seja através da doação em massa de equipamento para as unidades de saúde, através do desenvolvimento de novas soluções para a proteção individual dos profissionais na linha da frente ou, agora, da disponibilização de meios para a realização de mais testes de diagnóstico à população portuguesa”.

Além do i3S, que vai coordenar as diferentes fases dos testes, juntaram-se a esta iniciativa o Ipatimup Diagnósticos e o Centro de Genética Preditiva e Preventiva (CGPP) que vão “supervisionar o controlo e a qualidade dos mesmos”.

Para a realização dos testes, que se divide em diferentes fases, foi necessária uma “adaptação das instalações, que inclui armários, arcas de frios, entre outros, bem como a recolha de reagentes e equipamentos”. Todos os grupos do i3S cederam o que tinham disponível, mas outros institutos, como o CIBIO-InBIO e o Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) disponibilizaram reagentes e equipamento.

Luísa Pereira, investigadora do i3S que está a coordenar voluntários e recursos, adianta que “a Universidade Católica forneceu as viseiras que os investigadores terão de usar na fase de inativação do vírus”.

De acordo com Alexandra Moreira, responsável pela fase de extração de RNA do vírus, “o maior problema em todo este processo estão a ser os Kits de extração de RA com os quais temos de trabalhar, pois são kits de extração manual e que, neste momento escasseiam nos fornecedores”.

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“Temos uma máquina de extração de RNA automatizada, que permitiria escalar rapidamente o número de testes feitos, mas os kits para estas máquinas também estão esgotados, daí o recurso a sistemas manuais mais morosos”, refere.

No que respeita à fase final dos testes, coordenada por Mafalda Rocha, o i3S considera que “não existe qualquer tipo de constrangimento”. embora ainda estejam “à espera de alguns reagentes essenciais que devem chegar ainda esta sexta-feira”.

O trabalho é “monitorizado por observadores permanentes” que garantem o “controlo de qualidade do processo e registam a informação numa base de dados” mantida por uma equipa designada para o efeito e coordenada por José Bessa.

A primeira frente de apoio do i3S aos serviços de saúde foi implementada a 31 de março. Respondendo a solicitações do Centro Hospitalar Universitário de São João e do Centro Hospitalar Universitário do Porto (que inclui o Hospital de Santo António), uma equipa de voluntários do i3S, coordenada pela investigadora Marta Vaz Mendes, está a dar apoio à preparação de meios para as amostras que são recolhidas diariamente.

De referir que o último balanço da Direção-Geral da Saúde (DGS) dá conta de 11.730 casos de covid-19 confirmados em Portugal e de 311 mortes.

Foto: i3S

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