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Hospital de Santa Maria, modernizado através de “poupanças”, celebra amanhã 125 anos

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“Aqui ninguém ganha. Não há acionistas, ninguém ganha dinheiro, nem as irmãs [freiras] recebem por o hospital ser delas. O que o hospital ganha, investe-se no próprio hospital”, afirmou Ludovina Ferraz, da congregação Irmãs Franciscanas Missionarias de Nossa Senhora.

O Hospital de Santa Maria, no Porto, que abriu em 1888 numa “pequenina casa”, comemora esta quinta-feira os seus 125 anos, num edifício de 15.000 metros quadrados, quatro pisos e mais de 100 camas, ainda a ser modernizado com as “poupanças” da instituição. “Aqui ninguém ganha. Não há acionistas, ninguém ganha dinheiro, nem as irmãs [freiras] recebem por o hospital ser delas. O que o hospital ganha, investe-se no próprio hospital”, explicou à Lusa Ludovina Ferraz, da congregação Irmãs Franciscanas Missionarias de Nossa Senhora, proprietária da unidade de saúde. “Já se planeava fazer uma grande obra, porque as exigências da procura dos doentes eram muitas e teríamos de dar resposta. Começámos a juntar aos pouquinhos, o hospital fez as economias possíveis ao longo de muitos anos”, acrescentou a também representante do Conselho Superior Provincial (entidade máxima da congregação em Portugal) e do Conselho de Administração no Hospital de Santa Maria.
Neste momento, a instituição, com quatro pisos, várias alas e um bloco operatório com seis salas, ainda está a reabilitar alguns espaços. Tal como referiu Ludovina Ferraz, o hospital foi criado em 1888 “para dar resposta a uma necessidade que se sentia na época”, porque no Porto “praticamente só existia o Hospital de Santo António”.
Com uma forte aposta “na humanização da qualidade aos doentes”, o “Santa Maria” foi-se remodelando, sendo, atualmente, um espaço moderno cuja maior especialidade é a ortopedia. “Hoje temos um grande hospital, temos servido muito na ortopedia. Temos muitos sinistrados, muitos atletas, jogadores, etc. Quando se trata de ossos uma grande maioria é tratado aqui”, referiu.

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