
Nos últimos dias, têm existido uma elevada procura dos cidadãos aos serviços de urgência dos principais hospitais do Grande Porto, que revelaram novos “picos” e “recordes”.
Só na última segunda-feira, 28 de março, de acordo com informações avançadas por Nelson Pereira, diretor da Unidade Autónoma de Gestão de Urgência e Medicina Intensiva do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), à Agência Lusa, foram registadas 981 entradas no serviço de urgência, um número que não se verificava desde dezembro de 2008.
O mesmo recorde verificou-se também no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E), que alcançou o número máximo de registados na urgência da última década.
Apesar do aumento do número de entradas dos serviços em causa, as unidades hospitalares indicaram que a maior parte dos registos não foram de carácter urgente. “Mais de 70% dos casos foram doentes não referenciados pelos cuidados de saúde primários ou pelo SNS24 e perto de 40% pouco ou nada urgentes (pulseira azul ou verde)”, segundo dados revelados pelo CHVNG/E.
No que respeita ao Centro Hospitalar Universitário do Porto (CHUP), o comunicado revela que, no espaço de uma semana, entre 14 e 20 de março, entraram no serviço de urgência do Santo António 2.425 doentes. Uma vez mais, destes, a grande maioria eram de casos não urgentes.
Além destes três equipamentos, ter-se-á verificado também uma procura significativa no serviço de urgência da Unidade Local de Saúde de Matosinhos, que registou “níveis de afluência superiores aos últimos quatro anos”.