
O Dia Internacional da Felicidade, que se assinala esta segunda-feira, traz à tona o difícil tema da depressão. De acordo com dados avançados, em janeiro deste ano, há mais de 700 mil portugueses com sintomas depressivos, sendo Portugal o segundo país da Europa com uma maior taxa de doenças psiquiátricas.
Segundo o coordenador regional de saúde mental, Pedro Morgado, citado pela SIC Notícias, “é nas pessoas com maior desfavorecimento que se encontra mais situações de depressão e maior dificuldade de acesso a tratamentos”.
“Nesta crise económica vamos ter mais pessoas em risco e pessoas mais desfavorecidas em risco a desenvolver quadros depressivos”, acrescentou.
Os especialistas alertam para o facto de a depressão poder apresentar diferentes formas e graus de gravidade. Os vários sintomas que, tendencialmente, se prolongam no tempo, podem incluir
sentimentos de tristeza e aborrecimento; perda de interesse e prazer nas atividades diárias; perturbação do sono; variações significativas do peso por perturbações do apetite; sentimentos de culpa e de autodesvalorização e ideias de morte e tentativas de suicídio.
Neste sentido, ainda que não seja possível prevenir a depressão, há alguns hábitos de vida que devem ser adotados para criar vários momentos felizes e manter a saúde mental. Entre as sugestões está a pratica de exercício físico com regularidade, a adoção de uma alimentação saudável, dormir as horas necessárias, procurar apoio na família e amigos e pedir ajuda se se sentir deprimido.
De referir que a criação do Dia Internacional da Felicidade surge por sugestão do Butão, um país que reconheceu o valor da felicidade nacional sobre a renda nacional desde o início dos anos 1970 e adotou a «famosa» meta da Felicidade Interna Bruta no lugar do Produto Interno Bruto.
Em 2012, a proposta foi aprovada por unanimidade pelos 193 estados-membros da ONU, defendendo que a busca pela felicidade é um objetivo humano essencial.