Mais do que um ‘personal trainer’, procura ser um companheiro e um conselheiro, devidamente qualificado, que prescreve um programa de treino individualizado, consoante as necessidades e limitações de cada um. O conceito de ‘health training’ ainda é recente em Portugal, mas já rola a todo o gás na cidade do Porto.
Adepto incondicional da prática desportiva, André Rosa nunca sonhou ser jogador de futebol. Sempre focado em tornar-se treinador, licenciou-se em Ciências da Educação Física e Desporto pelo ISMAI, pós-graduou-se, em 2008, em Ensino de Educação Física e fez um curso de Personal Trainer de Musculação e Cardio Fitness na Instituição CEF. Não satisfeito, voou para o Brasil para ingressar numa pós-graduação em Alto Rendimento, experiência que lhe permitiu estagiar nas melhores cadeias de ginásios brasileiras, Bodytech e Smart Fit. Hoje, é o ‘health trainer’ responsável pela Academia do Rosa (que abriu na Boavista, em 2012), ajudando mais de uma centena de pessoas a melhorar a sua condição física.
Entre elas há figuras conhecidas, nomeadamente o artista Jimmy P, o jornalista da RTP Manuel Fernandes Silva e o jogador do FC Porto Gonçalo Paciência. “Alguns atletas de modalidades como o futebol aparecem na altura das férias para não perderem o ritmo de treino”, contou André Rosa, explicando que, “mediante o objetivo de cada aluno [perder ou ganhar peso e tonificar] é elaborado um plano de treino e um plano nutricional” adequado. Obviamente que, tal como confirmou o desportista, a dedicação tem de ser contínua para evitar que, a dois ou três meses do verão, se procurem “resultados milagrosos”. E é exatamente aqui que o ‘health trainer’ entra em ação como “potenciador de capacidades físicas e motivacionais”. “É alguém que leva o aluno a acreditar que pode atingir o objetivo pretendido”, esclareceu.
A tarefa, essa, “nem sempre é fácil”. Mas, para André Rosa, há sempre um pormenor a destacar que fará a diferença. “Quando vejo um aluno em baixo tento encontrar um ponto onde possa elogiar. Às vezes, até um elogio de um Outfit numa menina pode ser fundamental! Há que estar atento porque tudo ajuda”, sublinhou. Quando os alunos chegam à academia, o primeiro passo é o de fazer a avaliação de perímetros corporais. Segue-se um primeiro treino que funcionará como uma espécie de avaliação diagnóstica, direcionando o plano de exercícios a adotar, com tendência para o aumento da intensidade.
Combater erros nutricionais e técnicos
A segurança e o rigor técnico com que as pessoas realizam os treinos estão entre as preocupações de André Rosa. “Existem sobretudo dois grandes tipos de erros: nutricionais e técnicos. Ao nível nutricional vejo muita gente a treinar sem se alimentar. Ao nível técnico vejo muitos alunos chegarem à academia com erros de execução de exercícios e, infelizmente, são erros automatizados que depois se tornam mais difíceis de corrigir”, notou. Outra mais valia deste trabalho diferenciado reside no facto de as marcações serem feitas de acordo com a disponibilidade de cada cliente, de modo a conciliarem a atividade profissional e física.
Destruir mitos através da ironia
Em conversa com uma amiga, o ‘health trainer’ lembrou-se que seria interessante utilizar a ironia para acabar com algumas ideias erradas em relação à prática desportiva. E assim nascia a personagem Ros@amargo, através da qual ‘envia’ determinadas mensagens ao público recorrendo a fotografias suas com expressões faciais caricatas. “Tem sido um sucesso! Recebi vários e-mails de pessoas a agradecer por tê-las ajudado! É um orgulho!”, concluiu André Rosa.