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GUIdance 2018

GUIdance 2018
Europa da dança celebrada em Guimarães
O GUIdance – Festival Internacional de Dança Contemporânea transporta até Guimarães, de 1 a 10 de fevereiro, a Europa da dança. Nove espetáculos, quatro  estreias, masterclasses, sessões nas escolas, conversas e debates compõem o cartaz da sua 8ª edição.

Dois nomes incontornáveis da dança contemporânea, Wayne McGregor e Peeping Tom, abrem e encerram, respetivamente, o festival. Rui Horta – coreógrafo em destaque nesta edição – apresenta duas criações, uma em estreia absoluta e outra em reposição. Vera Mantero, Joana von Mayer Trindade & Hugo Calhim Cristóvão, Patricia Apergi, Euripides Laskaridis, Marlene Monteiro Freitas e Andreas Merk juntam-se ao movimento que “agitará” toda a cidade, aproximando público e artistas, seja em torno das criações apresentadas ou do universo bem amplo da dança.
No espetáculo inaugural da 8ª edição do GUIdance, a 1 de fevereiro, às 21h30, Wayne McGregor regressa a Guimarães e ao Centro Cultural Vila Flor (CCVF) com mais uma estreia em solo nacional. O coreógrafo decidiu mergulhar fundo na combinação do seu ADN para criar “Autobiography”, espetáculo em que parte de uma busca à mais notável tecnologia existente, o seu corpo, para lançar possibilidades que apontem à construção de futuros.

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guidance_autobiography_16_credito_Andrej_UspenskiOs destaques
Destaque para “O Limpo e o Sujo”, no dia 2 de fevereiro às 21h30, onde os corpos de Vera Mantero, Elizabete Francisca e Francisco Rolo dançam para desabafar, dançam para expelir, dançam para absorver.
No mesmo sentido, Joana von Mayer Trindade & Hugo Calhim Cristóvão apresentam “Da insaciabilidade no caso ou ao mesmo tempo um milagre” às 18h30 do dia seguinte, partindo de Almada Negreiros e da sua velocidade em despertar cérebros no corpo.
A primeira semana desta edição fecha com a nova criação de Rui Horta, no dia 4 de fevereiro, às 21h30. “Humanário”, uma obra criada em conjunto com Tiago Simães, responsável pela direção musical do projeto, tem estreia absoluta no GUIdance e integra cerca de 40 intérpretes amadores, onde o traço de união é a capacidade vocal. “Humanário” reflete a importância da coesão da comunidade em diálogo com as idiossincrasias dos intérpretes.
A segunda semana de espetáculos abre a 7 de fevereiro, no mesmo horário, com a “Vespa” de Rui Horta, peça que estreou no CCVF em abril do ano passado, aquando da celebração dos seus 60 anos de vida, e que agora é reposta no GUIdance. Um solo, interpretado pelo próprio. Uma peça sobre uma cabeça a explodir, sobre o que nem sequer falhámos porque nos coibimos de cumprir.
guidance_cementary_9_credito_Tassos_VrettosNota ainda para a peça de Patricia Apergi, “Cementary”, espetáculo que esteve em residência artística no Centro de Criação de Candoso (Guimarães) e se apresenta agora em estreia nacional no palco do CCVF a 8 de fevereiro, também às 21h30, assinalando a segunda visita de Patricia Apergi à cidade berço e ao GUIdance, depois da presença no festival em 2015 com “Planites”. Neste espetáculo, a coreógrafa grega continua a indagar sobre um tópico central na sua obra, o labirinto urbano, focando-se agora na cidade como lugar de caos.
O “Jaguar”, de Marlene Monteiro Freitas com a colaboração de Andreas Merk, irrompe palco dentro na noite seguinte, às 21h30. “Jaguar” é “um cruzamento de inspirações que brotam muitas vezes sem controlo e que fazem da arte o que ela deve ser: uma força incontrolável, que não se fecha em rótulos ou denominações, mas que voa livre na cabeça de quem cria”. .
Chegando ao último dia do festival, no dia 10, às 18h30, deparámo-nos com “Titans”, de Euripides Laskaridis, com todo o poder que o lugar da ficção nos reserva. Nesta peça, que chega ao GUIdance como um lembrete da frágil condição humana, evocando a importância de todos os fracassos, Euripides Laskaridis trabalha em estreita colaboração com o figurinista Angelos Mendis e cria um cenário “apocalíptico” para explorar a perseverança da humanidade diante do desconhecido.
guidance_titans_5_credito_Kiki_PapadopoulouA viagem termina neste mesmo dia, às 21h30, com o regresso da companhia belga Peeping Tom que, depois de “Moeder” (Mãe) – espetáculo apresentado no 12º aniversário do CCVF –, nos traz, agora, “Vader” (Pai), a primeira parte desta trilogia em torno da família. “Vader” reflete sobre a decadência, o vazio, a indiferença e a fúria a que estamos sujeitos quando a vitalidade nos abandona, socorrendo-se, ainda assim, de algum humor.

As atividades paralelas
As habituais  atividades paralelas juntam-se ao cartaz principal para aproximar público, artistas, escolas e pensadores, estreitando ligações e o saber inerente ao processo criativo, afirmando o GUIdance como um assinalável acontecimento artístico no calendário de inverno. Destas fazem parte as masterclasses com as companhias Wayne McGregor e Peeping Tom (dias 2 e 9, respetivamente), conversas pós-espetáculo com os artistas (dias 1, 3, 8 e 10), debates moderados pela jornalista Cláudia Galhós (dias 3 e 10), conferências para escolas protagonizadas pela mesma (dias 8 e 9) e sessões que levarão os artistas Joana von Mayer Trindade e Rui Horta às escolas do concelho de Guimarães (dias 1 e 6). O meeting point do festival, após os espetáculos, é o Café Concerto do CCVF.
guidance_meeting_pointÀ semelhança dos anos anteriores, as apresentações do GUIdance desdobram-se entre o Centro Cultural Vila Flor (CCVF) e a Black Box do Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG).
Os bilhetes já se encontram à venda. O preço dos bilhetes varia entre os 10,00€ e os 3,50€ e há ainda a possibilidade de adquirir diferentes assinaturas para o festival. Os alunos que frequentam Escolas de Artes Performativas têm um preço especial de 4,00€ nos espetáculos. O programa completo do GUIdance pode ser consultado em www.ccvf.pt.

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