A greve dos motoristas de matérias perigosas e de mercadorias começou à meia-noite desta segunda-feira, 12 de agosto, e decorrerá por tempo indeterminado, estando o Governo pronto para aprovar a requisição civil se não forem cumpridos os serviços mínimos decretados.
Esta manhã, em declarações aos jornalistas, o representante legal e sindicalista Pardal Henriques, acusou o Governo e as empresas de não estarem a respeitar o direito à greve, afirmando, que, por isso, deverão deixar de cumprir os serviços minimos.
O sindicalista acusa as empresas e a Antram de estarem a subornar os trabalhadores, que saíram de Aveiras de Cima, Lisboa, para iniciarem funções no primeiro dia de greve. “Mais uma vez, a Antram não está a cumprir o que está combinado. Estão a subornar pessoas para quebrar os serviços mínimos”, afirmou. E continuou: “As pessoas que aqui estão estão revoltadíssimas, já não vão sair, não vão sequer fazer os serviços que estavam escalados porque não vale a pena continuar assim”.
Importante referir que, segundo o Jornal de Negócios, mais de 430 postos de combustível de Portugal estavam, às 8h30 desta segunda-feira, sem gasolina ou gasóleo, o que representa 15% do total de postos do país, de acordo com informação divulgada pelo “site” “já não dá para abastecer”.
De acordo com esta fonte, há 439 postos no país sem qualquer combustível, enquanto 393 têm só algum tipo de combustível, gasolina ou gasóleo.
A maior parte (71%) do total dos 2928 ainda tem, segundo a informação disponível, combustível para normal abastecimento.
Recorde-se que este “site” foi criado em conjunto pelo Waze e pela rede Vost Portugal (Voluntários Digitais Em Situações de Emergência) para criar um site especial, onde é possível consultar os locais onde há, ou já não há, gasolina ou gasóleo.