O presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, António Rendas, confirmou as declarações do responsável, sublinhando que “o padrão global [de abandono] não se alterou”, admitindo, contudo, a existência de “situações difíceis”. Rui Teixeira, vice-presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, garantiu também que “não há [este ano letivo] uma diferenciação” em termos de casos de desistência da matrícula por razões económicas, em comparação com o ano letivo anterior.
Ainda assim, de acordo com um inquérito realizado pela Associação Académica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) aos universitários portugueses, quase metade dos alunos do ensino superior atravessa dificuldades económicas, sendo que muitos temem abandonar o curso ainda neste ano letivo. Dos 4.000 inquiridos, 1.855 (48 por cento) afirmou passar dificuldades económicas, destes, 1.224 (65 por cento) disseram temer abandonar o ensino superior por esse motivo e 1.275 (69 por cento) revelaram que não recebem bolsa de ação social.
Quarta-feira 9 Maio, 2012