“O Aeroporto Sá Carneiro é o principal aeroporto do noroeste peninsular e tem potencial para crescer”, disse terça-feira o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, numa audição parlamentar sobre o plano de reestruturação da TAP.
Para o governante, o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, “tem potencial para crescer. A TAP tem um papel importante no aeroporto, nunca vai perder e nós vamos tentar, através desta aposta na Portugália, aumentar também a viabilidade, fazermos outro tipo de voos a partir do Porto”.
“Agora, nós não temos como única obsessão, quando a empresa é publica, que ela dê lucro a todo o custo, mas nós também não podemos transformar a TAP num peso permanente para o aeroporto e é este equilíbrio que nós temos de procurar, a bem do país, a bem das contas públicas, mas obviamente também a bem do território e da coesão territorial”, acrescentou Pedro Nuno Santos, segundo a Agência Lusa.
No passado dia 11 de dezembro, na conferência de imprensa de apresentação do plano de reestruturação da TAP, o ministro avançou que a Portugália [companhia pertencente ao Grupo TAP] “nunca atingirá o custo unitário de uma ‘low cost’, mas nós sabemos que entre as ‘low cost’ e as companhias de bandeira há um segmento de mercado que pode ser explorado”, referindo-se à operação de voos de curto e médio curso da TAP Express.
Na altura, Pedro Nuno Santos disse que o Governo iria “reforçar a frota dos aviões [da Portugália] para o dobro. Temos ATR [bimotores de médio porte] que vão acabar por ser descontinuados, ficaremos com 13 [aeronaves da fabricante] Embraer, ou seja, duplicaremos a rota de Embraer da Portugália, portanto, para 26”, explicou.
O ministro disse ainda não haver qualquer intenção de “reduzir ou penalizar” a operação no aeroporto Francisco Sá Carneiro.
“A aposta na TAP Express vai, pelo menos, permitir, ou tornar viável, um conjunto de operações que não são, se forem feitas pelas TAP. […] Vamos aumentar a capacidade de servir a região norte a partir do [aeroporto] Sá Carneiro, mas, mais uma vez, é um trabalho da gestão e que depende da procura”, acrescentou Pedro Nuno Santos.