Em comunicado enviado esta quarta-feira às redações, a Câmara do Porto questiona a decisão. “Por que razão o Ministério das Finanças – que segundo a Ministra Assunção Cristas autorizou o pagamento da dívida decorrente das contas de 2010 e 2011 – passou a ter dúvidas que nunca teve durante dois longos anos, e resolveu auditar esta semana o que, na passada semana, considerava em ordem e em condições de ser pago? Se está em condições e vai ser pago, para quê a auditoria?”, pode ler-se na nota de imprensa, intitulada “Perseguição ou falta de respeito? Uma simples semana depois: Governo reabre guerra à SRU do Porto”. A autarquia defendeu ainda que “não se pode admitir” que, depois da ministra do Ordenamento de Território ordenar uma auditoria às contas de 2012 da Porto Vivo – SRU, “o mesmo Governo, por determinação da secretária de Estado do Tesouro [tutelada pelo ministério das Finanças], tenha agora também mandado fazer auditorias às contas de 2010 e 2011 – precisamente as que obrigam o Governo a pagar o que, há muito, deve”.
“Se as contas de 2010 e 2011 já foram, há muito, devidamente aprovadas, se o Governo ao longo dos anos nunca negou essa dívida e se, ainda na passada semana, veio afirmar perentoriamente que a ia pagar, qual a razão para, volvida apenas uma semana, reabrir a ‘novela’ e mandar auditar o que, até hoje, não só nunca lhe ofereceu dúvidas, como mereceu inclusive o voto favorável na assembleia-geral?”, questiona o município.
De recordar que, na passada quinta-feira, o presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, afirmou esperar que o Governo pague a dívida à SRU “sem que isso signifique uma grande festa”, defendendo que o Executivo tem vindo a mostrar “desrespeito pelo próprio país”.
Quinta-feira 20 Junho, 2013