Durante o próximo ano, o Coliseu do Porto vai sofrer obras de reabilitação. A empreitada, orçada em 3,5 milhões de euros, será assegurada, “em partes iguais”, pelo Governo, através do Ministério da Cultura, e pela Câmara Municipal do Porto, ficando suspensa a concessão do espaço a privados, foi esta segunda feira anunciado.
“Vamos suspender a concessão que tinha sido decidida e avançar para as obras necessárias entre a Câmara Municipal do Porto e o Governo”, afirmou Graça Fonseca, ministra da Cultura, durante a conferência de imprensa realizada no Coliseu.
“Foi possível avançar para esta solução, suspendendo o modelo de concessão, após reavaliação das necessidades de intervenção”, explicou Rui Moreira. Para o presidente da Câmara Municipal do Porto o valor apresentado, no cenário anterior, para a realização das obras era “excessivo e injustificado”.
“A direção atual foi suficientemente ágil para perceber quais as condições de conforto e segurança necessárias” à reabilitação do equipamento cultural, tendo sido bem-sucedida ao reduzir “ao essencial” uma empreitada inicialmente orçada em 8,5 milhões de euros, apontou.
Ainda de acordo com o autarca, citado pelo Porto., a Área Metropolitana do Porto (AMP), o terceiro parceiro institucional, não entra na equação porque os seus estatutos impedem-na de concretizar investimentos diretos.
A intervenção em causa vai incidir, particularmente, na reabilitação da “fachada, cobertura e torre” e tem um tempo estimado de conclusão de cerca de oito meses. Neste período, a emblemática sala de espetáculos portuense estará encerrada.
De acordo com a presidente da direção do Coliseu, Mónica Guerreiro, as obras não arrancam este ano devido à necessidade de “estudos técnicos e projetos de execução”.
A solução, que se pretende “a derradeira”, será debatida no Conselho Municipal da Cultura, apontou Rui Moreira.
