Portugal ficou a conhecer na quinta-feira o plano nacional de vacinação contra a covid-19, que deverá arrancar em janeiro de 2021 e será “universal, gratuito e facultativo”.
De acordo com o plano apresentado, a vacinação chegará a 950 mil pessoas, numa primeira fase, que tem como prioridades “pessoas com 50 ou mais anos, com pelo menos uma das seguintes patologias: insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal e doença respiratória crónica com suporte ventilatório”.
Os residentes em lares e internados em unidades de cuidados continuados e os respetivos profissionais, profissionais de saúde e das Forças Armadas e de Segurança estão também incluídos nesta primeira fase de vacinação, que se prevê que arranque já em janeiro e se estenda até fevereiro.
Na segunda fase, a decorrer de janeiro a março, estarão abrangidas 1,8 milhões de pessoas que se distribuem, entre dois grupos – cidadãos com mais de 65 anos sem doenças e cidadãos entre 50 e 65 anos que tenham diabetes, cancro, insuficiência hepática e renal, obesidade e hipertensão.
Por sua vez, a terceira fase do plano contempla “o resto da população”, caso “a indústria consiga produzir vacinas à velocidade suficiente”. “Se não o conseguir, serão criados novos subgrupos prioritários, que serão vacinados ao ritmo a que as vacinas sejam produzidas”, explicou o Governo, salientando que o plano poderá prolongar-se até abril.
A vacinação será feita em mais de 1.200 centros de saúde assim como em lares e unidades de cuidados continuados, para os residentes nesses locais, cuja vacina será administrada pelas equipas de enfermagem.
No final da apresentação do plano de vacinação, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que existe “uma luz ao fundo do túnel”, mas que o túnel ainda é “muito comprido e bastante penoso”.
O chefe do Governo garantiu ainda que o plano é “claro” e compreensível e recordou que Portugal nunca havia tido “um esforço de vacinação com um volume tão significativo num tão curto espaço de tempo”.
António Costa terminou o discurso otimista e confiante para os próximos meses que se avizinham, embora consciente das dificuldades que ainda estão pela frente. “Haja confiança”, destacou.