Depois de, no início do mês de dezembro, ter anunciado regras mais brandas em relação à celebração do Ano Novo, o Governo recuou na decisão e apresentou, na noite de quinta-feira, novas medidas que vão vigorar durante o período do Natal e do Ano Novo, de forma a evitar uma escalada de número de infetados por covid-19 após as festividades.
A principal alteração às medidas já anunciadas prende-se com o facto da proibição de circulação na via pública no Ano Novo entrar em vigor às 23h00 de dia 31 de dezembro, terminando assim com a possibilidade de festejos fora de casa. Por sua vez, nos dias 1, 2 e 3 de janeiro, a proibição de circulação na via pública vigora a partir das 13h00.
“Ao contrário do que tínhamos previsto há 15 dias, temos de cortar totalmente as celebrações de Ano Novo”, afirmou António Costa, indicando que é necessário “evitar na passagem do ano a multiplicação dos riscos que o Natal vai, necessariamente, comportar”.
Além disso, como já estava definido, mantém-se a proibição de circulação entre concelhos entre as 00h00 de 31 de dezembro e as 05h00 de 4 de janeiro.
O primeiro-ministro reafirmou a urgência de “celebrar o Natal com todo o cuidado”, apelando às famílias para “reunirem o menor número de pessoas possível” e para estarem à mesa apenas “o tempo estritamente necessário, para evitarem. Além disso, recordou que devem ainda ser evitados “espaços fechados, pouco arejados” e para que as famílias “o máximo de tempo possível com máscara”.
“Temos de ter a consciência de que cada um de nós é um risco e o risco é tanto maior quantos mais formos e quanto menos protegidos cada um estiver”.
De acordo com António Costa, o Governo tem “procurado o equilíbrio entre a responsabilidade individual e a imposição legal, entre a proteção da saúde pública e a proteção das liberdades”. “Foi esse equilíbrio que procuramos, protegendo o Natal com sacrifício da passagem do ano”, sustentou.
