A Câmara de Gondomar aprovou ontem, em reunião pública realizada na Junta de Freguesia da Lomba, uma proposta de atribuição de benefício social para a promoção da mobilidade dos funcionários da autarquia.
Através da sua frota de autocarros – 7 no total -, a autarquia atualmente auxilia cerca de 150 funcionários no transporte casa/trabalho com 4 circuitos.
Mas, de acordo com o presidente da Câmara, o socialista Marco Martins, esta medida “não tem suporte legal aos olhos do tribunal”, pelo que terá de cessar.
Através de protocolos a celebrar entre o Centro Cultural e Desportivo do Município de Gondomar e as transportadoras de passageiros da região, Marco Martins quer resolver este problema e vai disponibilizar “uma espécie de passe social”. Os trabalhadores pagarão 9 euros por mês e a autarquia pagará 40 euros.
“Estabelecemos um valor para os funcionários em jeito de responsabilização e vamos exigir um mínimo [ainda a definir] de utilização do passe. Com esta medida promove-se a mobilidade e reduz-se o uso de transporte individual e de emissões poluentes”, explicou Marco Martins.
Esta medida foi aprovada com as abstenções da CDU e do PSD, cujos vereadores preferiram pronunciar-se depois de terem “mais pormenores” sobre os protocolos.
“Um estudo encomendado pela autarquia indica que este serviço terá um aumento [máximo teórico porque nem todos os funcionários poderão aderir] de 5.000 euros ano de despesa para a Câmara, mas compensa porque se generaliza o serviço a todos os cidadãos”, disse Marco Martins.
Ainda no capítulo da mobilidade, Marco Martins anunciou para julho a retoma da ligação fluvial entre Melres e a Lomba, que se encontra inativa há sete anos. De sublinhar que a ligação fluvial, que liga as duas margens do Douro, possibilita um ganho de, no mínimo, 60 minutos, nas deslocações em transportes públicos entre a Lomba e a sede do Município, ou o Porto.
