O candidato independente à Câmara do Porto Rui Moreira sublinhou esta sexta-feira estar “muito preocupado” com a possível centralização da gestão de fundos comunitários em Lisboa, desafiando o primeiro-ministro a explicar “claramente” o que se passa em relação a esta matéria. “Ficámos a saber que, na questão da regeneração urbana, mais uma vez, as verbas [para 2014-2020] serão geridas, em princípio, a nível nacional, o que quer dizer que a região e o Porto serão mais uma vez prejudicados”, sublinhou, depois de se reunir, esta manhã, com o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Emídio Gomes.
O independente sustentou, assim, que, numa primeira fase, irá “exigir à CCDR-N que não se deixe calar”. O passo seguinte será o de “falar com todos os autarcas do Norte para que não se deixem mais uma vez amarfanhar”, porque “o que está em jogo é o crescimento da região num cenário 2014-2020”. Rui Moreira recordou também que Portugal vai receber, no âmbito do próximo QREN, 19,7 mil milhões de euros, sendo que “recebe essa verba porque há regiões como a do Norte que são de coesão”. “Por contas simples, a região Norte representa qualquer coisa como 11,5 mil milhões” do total da verba, referiu, acrescentando saber que “cerca de 47% dos fundos têm sido retirados para a região de Lisboa, que não é de convergência”.
Gestão de fundos comunitários nas preocupações de Rui Moreira
O independente desafiou o primeiro-ministro a explicar o que se passa em relação a esta matéria.