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Galerias Vandoma

Galerias Vandoma

Um ano depois da revolução em Portugal, erguia-se no número 181 da Rua de Mouzinho da Silveira as Galerias Vandoma, uma casa especialista em leilões e avaliações de peças antigas, que deve o nome à padroeira da cidade, e onde é possível encontrar uma variedade muito grande de artigos, como peças de decoração, mobiliário, porcelanas, pratas, esculturas, pintura, entre outros.

De acordo com Ana Luz, filha e neta dos fundadores da casa, apaixonados assumidos por antiguidades, este foi um espaço que sempre teve uma grande intervenção artística na cidade. “Era um sítio quase de paragem obrigatória dos vários artistas que por aqui passavam”, garante. Atualmente, esta é uma tradição que se mantém, embora adaptada aos ditos “tempos modernos” e àquelas que são as necessidades dos clientes. “Passou de um negócio onde se vendem apenas antiguidades e obras de arte para um negócio onde se vende recheios de casas e onde podemos encontrar de tudo. E os preços, claro, também mudaram”. A razão? É simples! “Aquilo que, antigamente, tinha muito valor hoje pode não ter. Os gostos mudaram, o ritmo de vida das pessoas também, alteraram-se os hábitos…. Há uma série de fatores que fez com que este negócio e aquilo que era inicialmente se fosse adaptando”, aponta a responsável.

Esta é, sem sombra de dúvida, uma das grandes diferenças que encontramos nas Galerias da Vandoma ao longo destes 45 anos de história. A terceira geração envolvida na gestão da casa tem protagonizado um casamento perfeito entre passado e presente e desbravando caminho àquilo que poderá ser o futuro da casa.

Com a pandemia da covid-19 e, consequentemente, a recomendação da ausência de plateia nos leilões presenciais, Ana fez uma aposta significativa nos meios de comunicação digital e avançou com leilões online, no site das Galerias. “Há uns anos parece que existia um pouco aversão a comprar peças em segunda mão ou antiguidades online, mas hoje isso já não se verifica e as coisas têm corrido bastante bem”, sublinha, adiantando que os próprios vendedores também começam, cada vez mais, “a estar mais informados sobre o negócio” e a perceber que pode ser mais vantajoso vender as suas peças em leilão do que noutras plataformas.

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Presente nas Galerias da Vandoma, desde a mítica abertura, em 1976, está um sofá de borne, “guardado com muito carinho”, que chegou da Casa de Serralves, e uma máquina registadora, protagonista de várias histórias de infância de Ana, em parte passada nesta casa e de onde surgiu, aliás, o interesse pelo negócio.

Questionada sobre a importância do programa “Porto de Tradição”, iniciativa da Câmara Municipal do Porto, que pretende ajudar a manter vivas algumas das lojas históricas da cidade, não tem dúvidas do seu imenso potencial. “Foi importante para salvaguardar muitas empresas que já estavam quase com a chave na porta. Tal como nós. Se não fosse este programa, possivelmente, a esta hora, não estaríamos aqui. E mesmo que eu até pudesse abrir a loja noutro sítio, nunca iria ser igual, porque não podemos levar as memórias dentro de uma caixinha. Para nós foi importantíssimo podermos guardar todas estas memorias no mesmo sítio e continuar o nosso dia a dia aqui”, conclui.

Galerias Vandoma
Rua de Mouzinho da Silveira n.º 181, Porto
Contacto 22 200 1286

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