Com vista a contribuir para a descarbonização do concelho e a melhoria do espaço público, a Câmara de Gaia anunciou que vai colocar sensores de medição da qualidade do ar na avenida da República e na estrada nacional 222.
O projeto-piloto de colocação de sensores de qualidade do ar arranca no mês de maio, refere o Sapo 24. A Câmara de Gaia já instalou na avenida da República e na EN222 dois ecrãs que vão divulgar os valores aferidos.
“Aquilo que nós queremos fazer é colocar medidores, sensores de qualidade do ar, disseminados por zonas de maior pressão rodoviária, e fazer disso um instrumento de intervenção no território e começar a assumir que a partir de determinados valores nós temos mesmo de dizer parou e não há circulação”, revelou na sexta-feira o presidente Eduardo Vítor Rodrigues.
“Eu julgo que hoje ninguém tem dúvidas de que, em algumas zonas urbanas do concelho, a qualidade do ar nem sempre é boa, porque temos hoje uma pressão de transporte privado, mas sobretudo transporte público e pesado que nos está a dificultar essa qualidade. Só que não há medição e como não há medição andamos todos tranquilos, porque o que não conhecemos não nos inquieta”, disse o autarca, acrescentando que numa primeira fase, o objetivo é pedagógico, pelo que “ninguém vai fechar estradas”.
A revelação foi feita na apresentação do projeto de neutralidade energética e reutilização de águas residuais da estação de tratamento de águas residuais de Gaia Litoral que representa uma poupança anual de energia próxima de 3 GWh e se traduz numa redução de custos superior a 300 mil euros por ano.
Com estes dois projetos-piloto, a autarquia acredita estar a contribuir para a descarbonização do concelho e a melhoria do espaço público.
Também em maio, a câmara vai lançar um outro projeto – designado centros “Ecotudo” – , através do qual os cidadãos vão poder entregar “aquilo que já não lhes faz falta”.
Os centros “Ecotudo”, que vão ser instalados gradualmente nas 15 freguesias do município, vão poder receber desde pneus velhos a detritos de obras de casa, roupa e quase tudo o que possa ser reutilizado.
Em troca, os munícipes vão receber “um vale de compras ou de desconto nas idas aos equipamentos municipais, como museus, piscinas ou pavilhões”, avançou Eduardo Vítor Rodrigues.
