Vai nascer na cidade de Gaia um novo museu que pretende abordar o tema das alterações climáticas em Portugal e no Mundo, sensibilizando os visitantes para as problemáticas ambientais e as suas consequências na qualidade de vida dos cidadãos.
O Museu-Ambiente irá, assim, oferecer um programa arrojado, cujo objetivo será mostrar “exposições interativas, observar fenómenos climáticos” que afetam “a produção do Vinho do Porto, as alterações decorrentes da pesca, da navegabilidade no mar e no rio, as alterações costeiras e demais alterações provocadas pelo aquecimento global”.
A autarquia revela que este espaço, que irá ocupar a antiga Fábrica de Cerâmica e de Fundição das Devesas, “terá cinco salas de exposição, um auditório com capacidade para 480 pessoas, estacionamento para 600 lugares, zonas técnicas e salas de administração”.
Os visitantes poderão também encontrar uma loja/livraria, uma cafetaria e restaurante, sala dos artistas e da imprensa e um pátio. Na superfície do edifício surge ainda “como paisagem aberta ao público” um parque, “onde se descobrem os lugares e ecologias que o compõem – Bosque, Charneca, Ecologias da água e Ruína”.
Para o presidente Câmara Municipal, Eduardo Vítor Rodrigues, “este será um espaço onde a memória se cruza com a definição das linhas do futuro e um espaço onde se respeita a alma do local”. “Aquele local só tem alma porque passaram por lá pessoas, histórias, modelos de organização e tempos históricos. No fundo, tentamos representar gerações passadas e projetar gerações futuras, numa abordagem humanista e adaptativa”, acrescentou.
Segundo explica a autarquia, este projeto “promove a ecoeficiência, o aproveitamento energético e a racionalização de consumos, para a sustentabilidade ambiental e financeira, como forma de utilização racional de todo o equipamento”.
Algumas das soluções adotadas consistem na utilização de “sistemas de alta tecnologia em todas as salas de exposição, dotadas de equipamentos audiovisuais e equipamentos para criar efeitos sensoriais”; “sistemas de reciclagem e de reutilização de materiais”; “materiais resistentes, de longa duração e ecologicamente sustentáveis”; e “sistemas de captação da água da chuva e sua reutilização”.
De salientar que o Museu-Ambiente está orçado em 25 milhões de euros e o concurso público para a construção, com duração prevista de nove meses, deverá ser lançado em breve. O tempo estimado para a conclusão da empreitada é de dois anos.