O presidente da Câmara Municipal de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, informou esta segunda-feira já ter comunicado à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) que a autarquia não poderá organizar “sozinha” o Mundial de Futebol de Praia, previsto para 2015. O socialista propôs, assim, que a competição seja organizada por várias câmaras, como as que integram a Frente Atlântica: Vila Nova de Gaia, Porto e Matosinhos. A decisão foi comunicada à vereação na reunião camarária, durante a qual Eduardo Vítor Rodrigues explicou que o montante necessário para a dinamização do evento – cerca de um milhão de euros – não é, neste momento, “comportável ou possível”.
Em declarações à Lusa, já no final do encontro, o autarca esclareceu que a atribuição do Mundial de Futebol de Praia a Gaia foi feita em maio de 2013 e, portanto, antes das eleições autárquicas de setembro, nas quais foi eleito, sucedendo ao social-democrata Luís Filipe Menezes. “Foi com grande surpresa que verificámos que esse protocolo contempla uma comparticipação direta no valor superior a um milhão de euros. Em face desta situação dissemos à federação que estaríamos disponíveis para participar num consórcio de municípios que se envolvessem na organização, mas nunca assumir sozinhos o Mundial de Praia”, contou Vítor Rodrigues. Para o autarca, tendo em conta o objetivo da cativação de turistas, a prova surge até na própria lógica da Frente Atlântica.
De acordo com o vereador independente José Guilherme Aguiar, o Mundial de Futebol de Praia de 2015 deve custar cerca de 4,5 milhões de euros. A autarquia gaiense teria de garantir, pelo menos, a construção de uma bancada para cinco mil pessoas.
