
A Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia assinou, na última semana, Plano de Ação para as Comunidades Desfavorecidas em parceria com o município de Espinho, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), da Área Metropolitana do Porto, que atribui aos dois municípios uma verba de 20,2 milhões de euros.
Os dois territórios, segundo indica o município liderado por Eduardo Vítor Rodrigues, estão inseridos no mesmo lote por evidenciarem “um tecido urbano industrial e de serviços, com as vulnerabilidades a manifestarem-se nos níveis de desemprego e no emprego com baixas remunerações e nos baixos níveis de qualificação profissional”.
Desta forma, o plano, que deverá estar implementado até ao final de 2025, vai contemplar as “áreas da habitação, da exclusão social, do emprego, da pesca ou do ensino”.
Dentro dos objetivos estratégicos apresentados por Susana Lacerda, técnica da Câmara Municipal de Gaia em representação da Unidade Técnica Local AMP Centro Sul, destacam-se “o aumento do sucesso escolar e educativo; a qualificação e capacitação da população adulta; a integração e capacitação das pessoas em situação de especial vulnerabilidade; a diminuição do isolamento social; a promoção de comunidades mais saudáveis; a promoção do acesso à cultura; a valorização das memórias e saberes locais; a dinamização de vivências ao nível da saúde física e mental; o potenciamento de ecossistemas de empreendedorismo e inovação; a promoção de práticas de sustentabilidade ambiental e a criação de arenas de participação pública”, lê-se na nota divulgada pela Câmara Municipal.
De referir que além da AMP Centro-Sul (Vila Nova de Gaia e Espinho), o PRR, com um valor total de 120 milhões de euros, foi dividido por mais cinco lotes do município com problemáticas similares, nomeadamente AMP Centro-Oriental (Porto e Gondomar), AMP Sul (Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Oliveira de Azeméis, Vale de Cambra e Arouca), AMP Litoral Norte (Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim), AMP Interior Norte (Maia, Santo Tirso e Trofa) e AMP Oriental (Paredes e Valongo), cujos planos deverão também ser implementados até ao dia 31 de dezembro de 2025.
Fotografia: CM Gaia