A situação da Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) do Porto vai ser discutida esta terça-feira numa assembleia-geral destinada a analisar as contas de 2012, chumbadas em abril pelo acionista Estado e mandadas auditar em junho pelo Governo. Depois de a reabilitação urbana ter sido um dos temas presentes na campanha eleitoral do Porto, não falta o que definir na empresa de capitais públicos que o Governo já anunciou querer abandonar e que está sem presidente desde dezembro. O encontro será importante tanto para o presidente da autarquia cessante, Rui Rio, como para o recém-eleito Rui Moreira, que defendeu, durante a sua campanha como independente, a manutenção da entidade e a comparticipação estatal. A reunião desta terça-feira pode resolver os problemas da SRU – detida em 60% pelo Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) e em 40% pela Câmara do Porto – manter o impasse ou mesmo determinar o fim da empresa.
De referir que o resultado da auditoria solicitada em junho pela ministra das Finanças (então secretária de Estado) às contas de 2012 é um dos temas a clarificar, uma vez que foi, inclusivamente, o motivo apontado pelo IHRU para suspender por 90 dias a AG de 10 de julho. Na primeira entrevista concedida depois de ser eleito, Rui Moreira afirmou ao Jornal de Notícias que “o próximo passo” relativamente à Porto Vivo “é saber se o Estado vai aceitar a proposta” feita enquanto presidiu à administração para “firmar um contrato-programa” em que a autarquia assumiria “50% dos encargos”.
