“O valor de 9,2 milhões de euros não foi aceite pelos dois acionistas [o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana – IHRU, com 60% do capital, e a Câmara, com 40%], porque escondia lucros futuros e, nesse sentido, as contas não refletiam uma correta realidade”, explicou a autarquia, numa resposta enviada à Lusa. Sem presidente desde dezembro e ainda à espera que o Governo lhe pague a dívida de 2,5 milhões de euros, o futuro da SRU está, segundo defendeu a câmara do Porto, “absolutamente coerente com o que pode acontecer ao país”.
Com a dívida do Estado, a instituição ficou com o seu capital reduzido a menos de metade sendo que, nestas situações, a lei estipula que os acionistas optem pela reposição de capitais ou pela extinção da sociedade. Em reação a uma notícia publicada no Jornal de Notícias sobre os investimentos no Quarteirão das Cardosas, na qual o presidente do IHRU se refere aos 9,2 milhões de euros como “prejuízo” e “números grotescos”, a autarquia esclareceu que “uma grande parte do valor que vier a ser apurado contabilisticamente e posteriormente inscrito nas contas da SRU, a apreciar pela respetiva Assembleia Geral, não pode ser considerado prejuízo por quem tem formação técnica para o entender”.
