As intervenções no edifício secular, com uma vista privilegiada sobre a marginal poveira, decorrem há cerca de ano e meio e, em simultâneo com a manutenção do traço arquitetónico da fortaleza, estão a ser criados espaços para o funcionamento de restaurantes e bares que vão dinamizar o local.
A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, que em 2000 requisitou ao Estado a tutela do espaço, investiu mais de um milhão de euros na recuperação do edifício, que durante muito tempo funcionou como quartel da Guarda Fiscal, preparando-se para neste sábado mostrar as renovações efetuadas à população.
“Limpamos o espaço e mantivemos a sua história e dignidade, criando condições para que tivesse um uso mais moderno que traga mais-valias à cidade”, explicou o presidente da autarquia, Aires Pereira.
A exploração dos espaços comerciais que foram adaptados dentro da fortaleza – um restaurante, um bar e três espaços multiusos – foram concessionados a um investidor privado que, na opinião do autarca, terá uma grande responsabilidade para o sucesso do equipamento.
Os espaços de restauração e bebidas terão uma utilização mais vocacionada para animação noturna, mas a Câmara Municipal pretende que a fortaleza funcione como um polo dinamizador durante todo o dia, preparando para o local um programa cultural.
A preocupação na vertente cultural encaminhou todos os trabalhos de recuperação do edifício, cuja componente histórica foi supervisionada por Deolinda Carneiro, diretora do Museu Municipal de Etnografia e História da Póvoa de Varzim, que acredita que a história do edifício será transmitida às novas gerações.