Ao longo de cinco minutos, a curta retrata a história fictícia de uma jovem, chamada Ana, que se considera normal e que aceita a sua doença, vivendo o dia a dia entre gargalhadas e saídas com os amigos. Com o trabalho, o jovem realizador, que tem um amigo com Esclerose Múltipla, quis transmitir ao público o que sentem os doentes e de que forma lidam com a doença, na esperança de que a mesma comece a ser encarada “de forma diferente”. Na curta, Ana mergulha nos manuais da biblioteca para tentar perceber se as palavras coincidem realmente com os sintomas da doença: “espasmos musculares, dificuldades na fala, sensação de corrente elétrica”. Ainda assim, a jovem consegue aprender a lidar com a patologia. “Descobri que tenho esclerose múltipla e aprendi a viver com isso. Percebes então que não há monstro nenhum, ele desapareceu, nunca existiu. Aprendeste algo importante sobre ti, por fim, encontraste a tua praia”, refere.
O prémio, no valor de dois mil euros, vai permitir a Francisco Miranda continuar a apostar na realização de projetos na área do cinema. As curtas-metragens vencedoras do Prémio EM Curtas vão ser exibidas nas salas Cinema City em Lisboa, Sintra e Leiria.
