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Férias seguras

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E uma das suas vantagens é o facto de poder ser levantada gratuitamente em qualquer esquadra do país, exigindo apenas um processo de validação através do qual ficam registadas, numa base de dados, as identificações dos educadores e pais das crianças.

Em declarações à Viva, o diretor do Gabinete de Imprensa e Relações Públicas da Direção Nacional da PSP, Subintendente Paulo Flor, explicou que as “vulnerabilidades existentes nas situações de crianças reencontradas”, o “drama” vivido pelas famílias e a dificuldade de sinalização de crianças que, “no limite, perdem a capacidade de verbalizar as orientações básicas” foram os principais fatores que estou_aqui3estiveram na origem da idealização do programa. Uma solução “simples, inteligível e prática” que foi testada, com cinco mil pulseiras, em 2012, numa experiência piloto desenvolvida no âmbito da Operação Verão Seguro. Qualquer pessoa pode ter um papel fundamental no sucesso da iniciativa: no caso de se deparar com uma criança perdida e com a respetiva pulseira “Estou Aqui!”, basta que a sinalize o mais rápido possível (através de um telefonema para o Número Europeu de Emergência: 112). A PSP faz o resto: desloca uma patrulha ao local e aciona, de imediato, o contacto do responsável pela criança, conforme os dados fornecidos no momento da ativação da pulseira. O mesmo acontecerá no estrangeiro, uma vez que esta solução foi validada com as restantes polícias da União Europeia.

“Existe uma maior vulnerabilidade de perdas momentâneas de crianças durante o verão, principalmente na faixa etária entre os dois e os dez anos”, notou Paulo Flor. Assim, e apesar de este não ser “objetivamente um drama em Portugal”, as autoridades policiais quiseram garantir que, no caso de algum indivíduo reparar na existência de uma criança perdida, o “processo de  reencontro com os pais possa ser mais célere e menos doloroso para todos os implicados: criança, pessoa que encontra, forças de segurança e pais/educadores”.

19.500 pulseiras “Estou Aqui” ativas até ao momento

O programa EA está em vigor até ao fim do mês de setembro, mas a PSP vai garantir que a base de dados fique disponível até ao final do ano. O balanço da iniciativa, esse, não poderia ser mais satisfatório. “Se considerarmos apenas as pulseiras ativas chegaremos à conclusão de que o sucesso tem sido exponencial”, sublinhou o responsável, explicando que, no ano passado, a PSP contabilizou mais de oito mil pulseiras em funcionamento, vendo-se obrigada a reforçar a oferta face aos pedidos recebidos. “Neste momento – até hoje – já possuímos 19.500 pulseiras ativas”, anunciou o diretor do Gabinete de Imprensa. Paulo Flor defendeu ainda que, o facto de nenhuma criança com pulseira EA ter sido sinalizada como desaparecida, significa que o objetivo do projeto “está a ser cumprido” e que a “responsabilidade” transmitida às crianças e aos pais “tem surtido o efeito desejado, que é o de evitar os desaparecimentos, ainda que momentâneos”.

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estou_aqui2A verdade é que a confiança depositada pelos educadores no programa tem crescido. “Existem cada vez mais pais a solicitarem esta solução para as férias. Sabendo que a mesma nunca substituirá a presença física de um adulto, confere uma ajuda acrescida para quem viaja com crianças”, salientou. O aumento da procura reflete-se, aliás, no permanente esgotamento do stock de pulseiras, “um pouco por todas as esquadras da PSP do país”.

“Sem ser estritamente policial ou muito ‘quadrada’ em termos criativos”, a pulseira do projeto foi elaborada a pensar nos gostos e na energia dos mais novos. Era importante que fosse “engraçada”, “apelativa, visível para os pais e terceiros” e feita num tecido duradouro, capaz de resistir à água salgada, ao sol e à areia, que é “extremamente abrasiva”. Para além disso, é de fácil colocação e obedece a um “sistema de referenciação legível e único que garante a sua intransmissibilidade, através de uma chapa com as inscrições ‘CALL 112’ e um código alfanumérico” que corresponderá, na base de dados da polícia, a um pai e a uma criança.

Programa válido em todos os países que adotaram o número de emergência 112

Para além de funcionar em Portugal, a pulseira “Estou Aqui!” também pode ser utilizada nos mais de 20 países que aderiram ao número de emergência 112. E os estrangeiros que quiserem passar férias em Portugal também podem desfrutar desta solução. O processo é simples: os educadores interessados no programa só precisam de se deslocar a uma esquadra da PSP “e solicitar gratuitamente a pulseira para o seu filho”. “Deverão, tanto quanto possível, comprovar a paternidade e idade da criança e ativar posteriormente a pulseira no site do EA”, esclareceu Paulo Flor, salvaguardando que a validação pode até ser feita com a ajuda dos agentes. Depois, a recomendação dada às famílias é apenas uma – a de que tenham umas boas férias, na companhia dos seus “pequenotes”.

Texto: Mariana Albuquerque  |  Fotos: Direção Nacional da PSP

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