Nos alvores da nacionalidade, em 1205, o rei D. Sancho I disse a Famalicão: “Faça-se Feira!”. Oito séculos depois, os famalicenses continuam a cumprir a ordem, salvaguardando e valorizando as suas raízes e tradições. O evento decorreu na praceta Cupertino de Miranda e na Alameda D. Maria II, locais onde originalmente se realizava, no então denominado Campo Mouzinho de Albuquerque. Nas várias dezenas de stands presentes, podia-se encontrar de tudo um pouco. Enquanto que a exposição de animais captava a atenção dos mais novos, os adultos eram atraídos para as tradicionais tascas da região, onde o pão com chouriço e a bola de carne imperavam, acompanhados pelo vinho verde regional. Pelo meio, uma visita às várias dezenas de stands expositores justificava a paragem, depois de apreciados e comentados os produtos agrícolas expostos. A revitalização da Feira Franca de maio uma aposta da Câmara Municipal na valorização das suas tradições mais profundas e na sua projeção como produto turístico de excelência. “O objetivo desta feira é o de dignificar, também, a identidade cultural do concelho e explorar as suas potencialidades sociais, culturais, económicas e turísticas”, referiu o vice-presidente e vereador da Cultura e Turismo, Paulo Cunha, salientando que se pretende, igualmente, “fomentar o comércio de produtos rurais e artesanais produzidos pelas gentes da terra” de forma a “preservar os saberes do povo famalicense”. “Esta é uma forma de promover a confiança e a autoestima da população em tempos que todos consideram de desalento”, rematou o autarca.
