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FC Porto: Recordando o impacto dos 30 anos de Viena

FC Porto: Recordando o impacto dos 30 anos de Viena
No dia 27 de maio de 1987, o FC Porto conquistou a Taça dos Campeões Europeus da UEFA. Há 30 anos, o resultado de um projeto rigoroso e ambicioso, iniciado em 1982 sob a presidência de Jorge Nuno Pinto da Costa, mudou a história do clube e da cidade do Porto.

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A vitória sobre o Viena, em 1987, teve indelevelmente consequências para o clube e para a cidade. Este sábado, 16 de setembro, o Museu do FC Porto  recebeu uma interessante conferência a refletir precisamente sobre esse impacto. No painel, todos portistas confessos, estavam Germano Silva, Joel Cleto, dois grandes senhores da história da cidade do Porto, e Rui Cerqueira, moderador.
Recordou-se também a importante figura de Hélder Pacheco, que infelizmente não conseguiu estar presente e que escreveu, a título de exemplo, na revista ‘Dragões’ em finais da década de 80. Tais passagens são fulcrais para a história dos azuis e brancos. Na altura, em 1987, a vitória no campeonato europeu sobre o Viena foi acompanhada por expressões mediáticas como: “é milagre”, “força de vontade”, “fé” e “é tudo nosso”.

conf_fcp2“Um momento do país e da Europa”
Foi sem dúvida, nas palavras de Germano Silva, editor na altura no JN, um momento do país e da Europa. “Lembro-me que os principais responsáveis do desporto na altura, no JN, o Frederico Martins e o Manuel Luís, fizeram as malas para Viena. O Frederico era, por exemplo, excelente para títulos.” “Porque antes um título era como um poema”, conta visivelmente entusiasmado. “O Frederico ‘brincou’ com as valsas, as orquestras e a linguagem. Foi um acontecimento vivido com muita intensidade”, explica. Quando se confirmou a vitória, foi o verdadeiro “S. João antecipado”, ou melhor, “S. Porto”.
E continua: ”a cidade, que tinha estado adormecida a ver o jogo, despertou entusiasmadamente para as ruas”.
conf_fcp3Para Joel Cleto foi o “maior feito do século”. Foi um momento “histórico e de festa, o corolário de uma caminhada que o Porto vinha fazendo. Sem dúvida, marcante.
“Quantas gerações de portistas sonharam com esta vitória?”, relembra.
“Foi, acima de tudo, uma afirmação desse Portugal que tinha acabado de se unir à Europa. O FC Porto veio contribuir para a afirmação do país e da cidade”.
Já Germano Silva recorda como o Porto naquele contexto muito específico era uma cidade intimista, que vibrava com estes acontecimentos. O futebol era sempre uma forma de festejar.
Para Joel Cleto, nesta altura também algo mudou no seio de muitas famílias. Os ídolos agora eram diferentes. Multiplicou-se o “portismo”. É que a década de 80 semeou muito “portismo”, até em Lisboa. ”Reparem, nos anos 80 o Porto estava a recuperar de uma certa ‘atrofia’. Hoje acho que o FC Porto é mais embaixador da cidade e do país, que o vinho. O clube vai mais longe que o néctar”, disse.
Germano Silva, por sua vez, destaca também a importância dos jogadores. “Nos anos 80 o Fernando Gomes, o Futre, Rui Barros, entre outros, foram grandes protagonistas que continuam a entusiasmar as massas. Porque há golos que não esquecemos”, considera.
Joel Cleto aponta que atualmente o Porto está na moda, “há todo um crescimento. O presente é, de certa forma, o reflexo do passado”.
Visão e vitória partilham o V de Viena, capital da Áustria, onde um golo de calcanhar de Madjer abriu o caminho para o Dragão dançar a mais bela valsa. Celebremos, com orgulho.

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