Com um Estádio da Luz de bancadas praticamente cheias (60.556 espectadores), coube ao anfitrião abrir as hostilidades, logo aos 3 minutos, através de um canto na direita, marcado por aquele que é o mais recente marcador de lances do género no Benfica: Óscar Cardozo. Marcado de forma tensa, coube a Salvio aparecer no primeiro poste para cabecear direto para as mãos de Helton. Mas se do primeiro lance do Benfica nada resultou, já do primeiro lance do FC Porto junto da baliza adversária, aos 8 m, o resultado foi bem diferente: livre marcado a cerca de 30 metros da baliza de Artur, por Moutinho, com o esférico a cair no centro da grande área encarnada, Jackson a não tocar, Garay a não conseguir aliviar e Mangala a surgir de rompante, cabeceando na cara do guarda-redes da casa. Porém, não foi preciso esperar muito para que o Benfica repusesse a igualdade no mercador, desta feita, aproveitando um mau alívio portista, aos 10 m, com Matic a encher o pé e, com um remate de reviravolta, a desfeitear Helton.
Com as equipas totalmente lançadas no jogo, aos 15 m, uma saída disparatada do guarda-redes do FC Porto quase colocava a baliza portista em perigo, mas a verdade é que, logo no lance seguinte, agora perto da grande área do Benfica, era Artur que, com um lance infantil, comprometia – atraso para o guarda-redes encarnado, com o brasileiro a tentar aliviar primeiro com o pé esquerdo, e a falhar, para em seguida tentar com o direito, só para ver Jackson Rodriguez roubar-lhe a bola, fugir para a baliza e marcar. Mas, mais uma vez, o clube da Luz não ficaria durante muito tempo em desvantagem no marcador, pois, praticamente no lance a seguir, aos 17 m, após mais um mau alívio da defesa portista (desta vez, Otamendi), Gaitán, dentro da grande área adversária, ganhou e rematou forte, sem hipóteses de defesa para Artur. Era o 2-2. A partir daí, e sem outros golos em toda a partida, o jogo tornou-se mais ‘mastigado’, com ambas as equipas a fazerem alguma contenção, embora o FC Porto se mostrasse a equipa com mais iniciativa. No final, com mais quatro minutos de tempo extra para jogar, Vítor Pereira ainda fez entrar Castro para o lugar de Lucho, mas a verdade é, mesmo com um último forcing da parte dos homens da casa, num livre de Carlos Martins interrompido por uma falta de Garay no centro da grande área do FC Porto, não mais o marcador voltaria a funcionar. Ficou assim sentenciada a divisão de pontos que, basicamente, deixa tudo na mesma na frente do campeonato – com os dois rivais separados por três pontos mas com os dragões com menos um jogo. No final, os portistas queixaram-se de alguns lances polémicos, nomeadamente os “três foras de jogo mal assinalados” e “os dois cartões vermelhos que ficaram por mostrar a Matic e Maxi Pereira.
Sítio da Liga anunciava vitória do Benfica por 3-2
No final da partida, em declarações aos jornalistas, Pinto da Costa denunciava um caso caricato: já após o fecho do pano na Luz, o sítio da Liga Portuguesa de Futebol anunciava a vitória do Benfica por 3-2, descrevendo, inclusivamente um suposto golo de Cardozo, num remate defendido por Helton. Este tornou-se num dos ‘casos da noite’ ao qual se juntam as duras críticas à arbitragem proferidas por Vitor Pereira, na conferência de imprensa. O técnico portista mostrou-se indignado pelo facto das ‘atitudes’ menos corretas no comportamento dentro de campo de Maxi Pereira ‘nunca lhe valerem expulsões’, criticando duramente a arbitragem por ‘três foras de jogo mal tirados’ à equipa portista.
