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F1 Motonáutica

F1 Motonáutica
‘Ases’ da água já chegaram ao Douro

É uma batalha travada na água que vive de velocidade, destreza e precisão. Até ao dia 2 de agosto, o rio Douro vai ser palco de uma das mais emocionantes competições de barco a nível mundial: a F1H2O. Depois de 13 edições consecutivas em Portimão, as cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia agarraram a oportunidade de se estrear como anfitriãs da categoria, acolhendo a terceira de oito etapas do calendário de 2015, num evento que promete atrair milhares de curiosos às margens do Douro. Nesta 14.ª edição do Grande Prémio de Portugal, 19 pilotos de 10 equipas e 12 nacionalidades vão desafiar as leis da gravidade e conduzir a mais de 200 km/h, num circuito com cerca de dois quilómetros, entre o edifício da Alfândega e a ponte Luís I.

Para o piloto Duarte Benavente, que tem marcado presença regular no campeonato, “o Grande Prémio de Portugal será, com toda a certeza, a prova mais rápida de todo o circuito mundial”. “Se as condições da água forem aquelas que esperámos, então é muito provável que os barcos consigam atingir velocidades superiores a 220 km/h em corrida e, por certo, ainda mais durante os treinos cronometrados”, adiantou, citado pela autarquia portuense. As jornadas disputadas na cidade Invicta e em Liuzhou (na China) são as únicas realizadas num rio. “Quando corremos no mar, as condições da água são sempre muito mais imprevisíveis, obrigando não raras vezes à interrupção ou mesmo à anulação das corridas. Já tive oportunidade de realizar muito recentemente um teste no rio Douro e as condições foram fantásticas. A proximidade com as margens vai proporcionar um espetáculo único, quer aos pilotos, quer a todo o público que vá assistir à prova”, garantiu Benavente.

motonautica3E esta sexta-feira as águas do rio já se agitaram ao sabor da primeira sessão de treinos livres. Agendada para amanhã (sábado), está a qualificação para a definição da grelha de partida e a primeira corrida da Fórmula 4. Sim, porque além dos F1, o evento terá duas corridas de Fórmula 4 (uma espécie de categoria de iniciação), onde competirão nove pilotos em representação das principais equipas que estão a disputar o Campeonato do Mundo na categoria principal. A manhã de domingo (dia 2 de agosto) ficará reservada a mais treinos livres, sendo que, à tarde, será disputada a segunda prova da F4 e o Grande Prémio de Portugal em F1 (17h15-18h00), com transmissão em mais de 35 canais de televisão, chegando a mais de 100 milhões de casas em todo o mundo.

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F4: barcos mais leves e menos potentes

Apesar de serem bastante semelhantes aos seus parentes da F1H2O, os barcos utilizados na F4 são ligeiramente mais curtos, leves e, claro, menos potentes, estando equipados com motores a quatro tempos de 60 cavalos e atingindo velocidades na ordem dos 120 km/h. O arranque desta série será dado em Portugal (a forte ondulação obrigou a organização a suspender a prova motonautica_mapaagendada para Doha, no Qatar, por motivos de segurança). Os dois desafios no Douro (marcados para este sábado e domingo), terão início às 16h00. A equipa de Duarte Benavente (F1 Atlantic Team) tem vindo a destacar-se nesta categoria, nos últimos anos, tendo arrecadado os títulos mundiais de 2013 e 2014, através do piloto alemão Mike Szymura, de 20 anos. A principal adversária deverá ser, uma vez mais, Briney Rigby (da Team Sweden), uma das mais jovens de todo o pelotão, com apenas 16 anos.

Criada em 1981, a competição que passará pelo rio Douro é em tudo semelhante ao Campeonato do Mundo da FIA de Fórmula 1, não só pelo exigente regulamento técnico a que as equipas estão sujeitas, mas também pelo facto de juntar os melhores e mais experientes pilotos da modalidade, regulada pela União Internacional de Motonáutica. Após a passagem pelo Porto, o Mundial seguirá com uma dupla jornada na China, chegando, depois, à Tailândia e a Abu Dhabi e terminando, a 17 e 18 de novembro, em Sharjha (Emirados Árabes Unidos).

Texto: Mariana Albuquerque

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