“Se é sorte ou azar só o tempo o dirá”. É com esta filosofia de vida que, Cristina Castro, Adérito Pinto, Hélio Ribeiro, Ricardo Coelho e Tiago Soares – os portuenses “Pé na Terra” – lançaram o disco “13”, que conquistou o público, de norte a sul, logo nos concertos de apresentação.
“O novo trabalho é o resultado do percurso que tivemos ao longo destes dois anos de estrada”, explicaram, à Viva, os elementos da banda, que conta já com cinco anos de “muitas peripécias” pelos caminhos da nova música tradicional. “Tivemos experiências bastante enriquecedoras, tanto em Portugal como em Itália e na Bélgica, que nos inspiraram para a criação deste CD”, esclareceram.
Na conversa com a Viva, os “Pé na Terra” afirmaram ser “uma banda de estrada”. “Sentimo-nos muito bem a tocar ao vivo e a viajar”, confessaram, acrescentando que “a verdadeira essência de uma banda são os concertos ao vivo”, onde as experiências vividas na estrada os enriquecem “como músicos e pessoas”.
“O contacto com o público e a reacção que ele tem aos nossos espectáculos é muito importante. Temos tido boas experiências em Portugal e no estrangeiro, onde fazemos de cada concerto um momento único”, contaram. Unidos pela música e pela amizade, os portuenses, garantem, assim, que os “Pé na Terra” em tournée são “diversão, festa, muita música e alegria”.
Transformar as dificuldades em razões para seguir em frente ainda com mais energia é outra das filosofias da banda. “Uma das nossas bandeiras é fazer chegar a música a cada vez mais gente, conseguir alterar a concepção dos portugueses em geral de que a música portuguesa de raiz está ultrapassada e não passa do sol e dó”, revelaram.
A “nova música tradicional”
Os “Pé na Terra” acreditam, assim, numa música tradicional rejuvenescida. “Bebemos da fonte directa ou indirectamente, através de recolhas efectuadas por musicólogos ou por nós mesmos, e juntamos uma pitada de todo o conjunto de influências que cada membro do grupo traz consigo”, explicaram, defendendo que, dessa mistura nasce uma nova linguagem, “mais actual, mais dinâmica e com mais força”.
Mariana Albuquerque