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Estudo mostra que um em cada três jovens admite atos de coerção sexual

Estudo mostra que um em cada três jovens admite atos de coerção sexual

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Durante uma investigação realizada no Porto, 30% dos jovens (de um universo de cerca de três mil) assumiram pelo menos um ato de coerção sexual, como forçar um companheiro a ter relações sexuais.

Uma investigação desenvolvida no Porto avaliou, durante oito anos, os comportamentos de cerca de três mil jovens nascidos em 1990. Os resultados, agora apresentados, revelam algumas conclusões preocupantes. Os 2942 jovens que integram o projeto “Epiteen – Epidemiological Health Investigation of Teenagers in Porto” têm, agora, 23 anos, mas foram “avaliados” com 13, 17 e 21 anos. Dos 90% que assumiram estar numa relação íntima, 60% relataram pelo menos um ato de violência psicológica, como insultar ou dizer palavrões ao companheiro e 18% falaram de pelo menos um episódio de violência física, entre “bater no companheiro” ou “atirar um objeto com a intenção de o magoar”. O estudo mostrou ainda que 30% dos jovens (um em cada três) admitiram pelo menos um ato de coerção sexual, como forçar um companheiro a ter relações sexuais, sendo que as raparigas são, neste campo, maioritariamente vítimas. Ainda assim, segundo notou Elisabete Ramos, responsável pelo projeto e investigadora do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) e do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Medicina, “mais de metade dos que se envolvem nestes comportamentos são simultaneamente vítimas e agressores”.
Tal como sublinhou a responsável, “os adolescentes que se envolveram em lutas físicas aos 17 anos apresentavam uma maior probabilidade de se envolverem em atos de violência no relacionamento íntimo aos 21 anos”. Desta forma – acrescentou – não se pode “perder a oportunidade de intervir cedo, porque há muitos comportamentos relacionados uns com os outros”.

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