As crianças em idade escolar, dos 5 aos 9 anos, e os adolescentes, com idades compreendidas entre os 10 e os 17 anos, são os grupos populacionais que mais açúcar consomem em Portugal, revela um estudo em que participaram investigadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP).
De acordo com informação avançada no portal de notícias da U. Porto, a investigação, publicada na revista “Public Health Nutrition”, avaliou a ingestão de açúcares em 5811 indivíduos, com idades entre os 3 meses e os 84 anos. Entre outros aspetos, foram analisados “o consumo total de açúcares e o consumo diário de açúcares livres (conceito que engloba o açúcar que é adicionado aos alimentos por consumidores ou fabricantes e também os açúcares naturalmente presentes no mel, xaropes, sumos de fruta e concentrados de sumos de fruta)”.
Recorde-se que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a ingestão de açúcares livres seja inferior a 10% do valor energético diário e, neste trabalho, os investigadores verificaram que “os portugueses consomem em média 84g de açúcares totais por dia e 35g de açúcares livres, sendo o consumo superior em crianças, dos 5 aos 9 anos (50g/dia de açúcares livres), e em adolescentes, dos 10 aos 17 anos (53g/dia de açúcares livres)”.
Segundo o estudo, os refrigerantes, iogurtes, cereais e doces são os alimentos que mais contribuem para o elevado consumo de açúcares livres na população mais jovem.
Ana Rita Marinho, Milton Severo, Daniela Correia, Liliane Lobato, Sofia Vilela, Andreia Oliveira, Elisabete Ramos, Duarte Torres e Carla Lopes são autores deste trabalho, intitulado “Total, added and free sugar intakes, dietary sources and determinants of consumption in Portugal: the National Food, Nutrition and Physical Activity Survey (IAN-AF 2015–2016)”.
