
Ao longo do estudo, a equipa de trabalho avaliou uma amostra de 275 pacientes que reportaram, em média, 33 episódios de incontinência urinária por semana. Com idades compreendidas entre os 18 e os 80, os doentes avaliados sofriam de esclerose múltipla ou de lesões na medula-espinhal. Um terço da amostra foi injetada de forma minimamente invasiva com 200 mg de botox, outra parte recebeu 300 mg e ao terceiro grupo foi administrado um placebo.

Estudo revela dose ideal a administrar
Graças ao estudo, a equipa médica conseguiu ainda definir a dose ideal a administrar aos pacientes. “Embora as duas doses tenham sido bem toleradas, sem diferenças clínicas relevantes na eficácia ou duração do efeito, os resultados sugerem que a dose de 200 mg apresenta benefícios em termos de segurança”, esclareceu Francisco Cruz.
A investigação liderada pelo médico português foi a maior realizada para a avaliação da eficácia e segurança do uso do botox na incontinência urinária, tendo reunido 63 centros de investigação. O método de tratamento já foi aprovado nos Estados Unidos da América e em vários países da Europa, como França, Portugal, Irlanda, Finlândia e Reino Unido.