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“Estamos disponíveis para fazer mais salas de consumo assistido”, assegura Rui Moreira

Na passada quinta-feira, 2 de março, realizou-se no Teatro Rivoli, a conferência “Livre de Drogas”. Esta contou com várias declarações prestadas por Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, sobre o crescente problema de droga no município.

Segundo a notícia avançada pelo Porto., o autarca defende a necessidade de criar mais salas de consumo assistido, uma vez que “mais de dois terços dos utilizadores” vêm de outros concelhos, referindo ainda que, atualmente, as entidades de saúde “investem menos naquilo que é a prevenção junto dos toxicodependentes que o município do Porto na sala de consumo assistido” e que o investimento “tem de continuar a ser feito pelo Ministério da Saúde”. “A sala de consumo assistido custou-nos cerca de 700 mil euros. Sabem quanto o Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), sucessor do Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), investe na cidade, durante um ano? 500 mil euros”, informa.

Admitindo que os problemas do consumo e tráfico de droga “não têm uma solução simples”, reiterou que “esta não é uma matéria exclusivamente securitária”, uma vez que nos bairros de Pinheiro Torres e Pasteleira Nova existe “uma situação de tráfico à vista”.

O autarca estava acompanhado de Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara do Porto, e Catarina Araújo, vereadora da Saúde e Qualidade de Vida, na conferência onde também foi debatida também a preocupação relativamente ao problema de saúde pública que representa a tuberculose multirresistente comum nos toxicodependentes, afirmando ainda que este “não se resolve com medidas politicamente corretas”, mas de “bom senso”.

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De acordo com a mesma fonte, Rui Moreira garantiu que “enquanto for presidente de Câmara não haverá demolições de bairros”. Esta afirmação surgiu na sequência das declarações prestadas por António Leite da Silva, comandante da Polícia Municipal do Porto, também presente na reunião, que defende “a necessidade de se avançar com um estudo científico para se compreender ‘o verdadeiro impacto’ da demolição dos bairros do Aleixo e de S. João de Deus para se confirmar, ou não, ‘se as demolições ajudam’ a mitigar e resolver este problema”. “Não posso imaginar que, agora, vamos demolir o Bairro da Sé porque é muito propício ao tráfico de droga. Já foi reconhecido que a demolição de bairros foi um erro”, conclui Rui Moreira.

Foi revelado ainda que, este ano, já foram recolhidas 38,9 toneladas de resíduos provenientes do consumo de droga. A iniciativa, integrada no programa “Porto, Cidade Sem Droga”, contou, desde 2018 a outubro de 2022, com a recolha de 363.9 toneladas destes resíduos.

Foto: Miguel Nogueira

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