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Está de volta a “Quarentena Cinéfila”

Está de volta a “Quarentena Cinéfila”

Neste novo confinamento, a Medeia Filmes, em colaboração com a Leopardo Filmes, volta a organizar a “Quarentena Cinéfila”, uma iniciativa que leva o cinema à casa dos portugueses, através da disponibilização gratuita de filmes.

Organizada pela Medeia Filmes no período do primeiro confinamento, em março/abril do ano passado, “a iniciativa, um serviço público e solidário, que nos manteve em contacto com o nosso público, que via os filmes, lia as folhas de sala, e conversava sobre as obras nas nossas redes sociais” recebeu “muitos e largos” elogios. Razão pela qual a Quarentena Cinéfila está de volta, apresentando, de 25 de janeiro a 11 de fevereiro, o programa especial “Raridades”. São cinco filmes raros, de cinematografias distintas, com os quais “viajamos pelo mundo e pelo tempo”, diz a organização.

O programa tem início com “Posto Avançado do Progresso”, de Hugo Vieira da Silva, produzido pela Leopardo Filmes (seleção oficial do Festival de Berlim em 2016), que adapta livremente o conto homónimo de Joseph Conrad, transferindo a história inquieta de Conrad para a presença colonial portuguesa em África no séc. XIX. Para ver das 12h de dia 25 de janeiro às 12h de quinta (28/01).

Segue-se, das 12h de quinta (28/01) às 12h de segunda (01/02), “O Mundo no Arame”, do alemão Rainer Werner Fassbinder, mini-série em duas partes, a fazer quase 50 anos, “e tão, tão atual”. Fassbinder aventura-se no domínio da ficção científica, encenando as sombras brumosas do futuro, colocando, disse João Lopes, no Cinemax, “em cena, não apenas o poder crescente das máquinas, mas sobretudo o apagamento das fronteiras tradicionais entre ‘realidade’ e ‘simulação’”.

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O terceiro filme a ser exibido é “Chantrapas”, do georgiano Otar Iosseliani, cineasta de culto e um dos mais “secretos” da “geração de 60” da URSS, próximo dos universos de Tati ou Pierre Étaix – que, aliás, surge no filme –, e que faz uma espécie de “balanço” ou “resumo” ficcional da sua autobiografia. Para ver das 12h de 1 de fevereiro às 12h de dia 4.

Também em registo burlesco, mas de estirpe com diferentes nuances, O Pequeno Quinquin, uma pérola de Bruno Dumont, estreada na Quinzena dos Realizadores em Cannes, é apresentado das 12h de 4 de fevereiro às 12h de dia 8. Originalmente uma mini-série de quatro episódios que Dumont fez para a Arte, foi considerado o melhor filme de 2014 pelos Cahiers du Cinéma. Vasco Câmara, que o entrevistou, escreveu no Público que P’tit Quinquin é “um divertimento viciante, obsessivo”.

A fechar o programa, e para ver das 12h de 8 de fevereiro às 12h de dia 11:  “Alguns Dias em Setembro”, o primeiro filme de Santiago Amigorena, produzido por Paulo Branco, com Juliette Binoche, Nick Nolte e John Turturro, entre Paris e Veneza, com a inquietante sombra do 11 de Setembro a pairar por ali.

O link de acesso a cada um dos filmes será divulgado na página da Medeia Filmes, bem como nas suas redes sociais (Facebook e Instagram).

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