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Esporádico

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A missão do grupo é, assim, a de “organizar uma heterogeneidade de atividades esporádicas, abertas ao público e informais”. “Pretende-se fomentar a troca de experiências e ideias, proporcionando serões bem passados, sem que haja necessidade de lidar com os habituais entraves que tantas vezes separam o ‘potencial’ público das iniciativas culturais”, explicaram os jovens, em declarações à Viva. Idealizado para fazer vibrar a cidade apenas durante um ano, o Esporádico procura “concretizar o significado que o nome do projeto assume”, evidenciando a sua vertente “casual”, “única” e “irrepetível”. E nasce, portanto, como uma “fonte” envolta em algum mistério, num desafio claro aos cidadãos, que deverão ficar em alerta. As ações, essas, são feitas “de pessoas para pessoas, sem barreiras”. “Existem obras que não podem morrer connosco e o Esporádico é a prova disso”, sublinhou o grupo.

esporadico_1“Livre” e “imprevisível”, “sem pretensões de mudar o mundo”

Da idealização do projeto à sua concretização no terreno foi um passo. O grupo criou uma página de Facebook e começou a espalhar o logo do Esporádico pelas ruas portuenses. A nova vaga cultural ambiciona distinguir-se “das demais iniciativas culturais, sem pretensões de salvar a cultura ou de mudar o mundo”. “O que pretendemos é criar um espaço livre, imprevisível, subtil e completo, em que a integração surge através das individualidades de cada participante”, realçaram. O intercâmbio de oportunidades é, então, o motor da iniciativa cultural, que acaba por promover talentos e contactos de uma forma espontânea. Aliás, “em poucas palavras, o Esporádico não é uma revolução”, é mais um “modo de viver e fazer cultura no Porto”, assente na simples máxima de oferecer às pessoas propostas de qualidade. “Elas são não apenas o nosso alvo mas o nosso projeto”, referiu a equipa.

A primeira atividade do Esporádico realizou-se no passado dia 14, na nova Praça de Lisboa (Passeio dos Clérigos), pelas 18:30 horas, com um concerto de jazz do Quarteto Hoc Opus. “Mas não nos ficámos pelo concerto, na medida em que, em cada atividade, concretizamos o nosso particular conceito. Portanto, de uma forma imprevisível, conseguimos a integração do público mediante as suas individualidades. Sem barreiras ou entraves. Desta vez, foi o público a fazer música com os membros do Quarteto, que se fundiram em dois grupos, criando composições de voz e movimento”, detalhou a equipa à Viva.

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A resposta do público ao primeiro desafio do Esporádico foi “carinhosa e humana”. “Notámos que as pessoas se sentiram acolhidas e a fazer – imprevisivelmente – parte”, descreveram, acrescentando que as palavras de apoio recebidas foram “verdadeiras”. “Os cidadãos estão a precisar que aconteça algo e de acreditar. Talvez o Esporádico seja uma ponte ou o escape humano e necessário a ‘mais um dia igual’”, acrescentou o grupo.

esporadico_3Próxima paragem: Museu Nacional Soares dos Reis

Entre risos e mistérios, a iniciativa cultural revelou que o palco da próxima ação será o Museu Nacional Soares dos Reis. Entretanto, os portuenses terão de andar atentos ao que os rodeia e às redes sociais para se inteirarem das novidades. “Todas as nossas atividades e o modelo em que a equipa trabalha são sigilosos. E isto é bem diferente de secretismo. Não queremos guardar nada só para nós, pelo contrário. Isto é inteiramente para todos, daí que o facto de trabalharmos envoltos no manto do ‘está atento’ sirva precisamente para não tornar o conceito ‘permanente’, mas para concretizar o Esporádico”, explicaram.

esporadico_2“Acreditar que é possível”

Até agora, a experiência da iniciativa cultural “tem sido um carrossel de acontecimentos, um superar de expectativas e uma constante força no acreditar que é possível”. Sendo assim, os oito amigos estão determinados a provar que “a cultura está em todo o lado” e acontece. De resto, as palavras citadas são as do poeta Sebastião da Gama: “Pelo sonho é que vamos, comovidos e mudos. Chegamos? Não chegamos? Haja ou não haja frutos, pelo sonho é que vamos. Basta a fé no que temos. Basta a esperança naquilo que talvez não teremos. Basta que a alma demos, com a mesma alegria, ao que desconhecemos e ao que é do dia a dia. Chegamos? Não chegamos? Partimos. Vamos. Somos”.

Texto: Mariana Albuquerque
Fotos: Esporádico

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