A escultura “Homem do mar”, da autoria de Rogério de Azevedo, em Matosinhos, e o conjunto escultórico evocativo do poeta António Nobre e das Musas, de Salvador Barata Feyo, localizado em Leça da Palmeira, foram alvo de vandalizações nas últimas semanas, depois da Câmara Municipal ter concluído os trabalhos de “conservação e restauro” dos dois monumentos.
Em causa está uma atitude que, de acordo com a autarquia, revela uma “falta de civismo inqualificável” e de “desrespeito pelo património histórico-cultural” matosinhense, que, no caso da escultura “Homem do mar”, não representa um ato isolado.
“A parte superior do remo da escultura foi novamente amputada e deixada, desta feita, no jardim onde o monumento se encontra”, refere, a propósito da peça que representa um ex-líbris dos pescadores e das gentes do mar de Matosinhos.
Por sua vez, no caso do conjunto escultórico evocativo do poeta António Nobre e das Musas os parâmetros da vandalização foram idênticos, tendo sido “retirado o pé de uma das musas e abandonado no chão”.
Em comunicado, a autarquia liderada por Luísa Salgueiro avança que o elemento em causa “já foi recolado no monumento”, restituindo-se, assim, “a sua integridade original”. O mesmo acontecerá com a escultura “Homem do mar”, destacando que já recolheu o remo amputado e irá, agora, “tomar as devidas providências para voltar a colocar a peça retirada e restituir-lhe a sua forma original”.