Em declarações ao jornal Público, Mário Nogueira, da referida estrutura sindical, explicou que o protesto, que se prolonga até sexta-feira, pretende denunciar as consequências das medidas e dos cortes impostos pelo Ministério da Educação na qualidade do ensino público em Portugal. A expressão “Professores de luto em luta pela profissão e pela defesa da escola pública” vai, assim, invadir milhares de estabelecimentos de ensino ao longo da semana.
De acordo com o sindicalista, o setor da educação está a viver “o maior ataque contra a escola pública dos últimos quarenta anos”, devido à “instabilidade dos postos de trabalho”, ao “empobrecimento dos currículos” e aos “mega-agrupamentos”. Pelas contas do responsável, o protesto vai incluir 1.200 faixas pretas, entre “dois a três mil cartazes” e 40 mil lenços a utilizar pelos professores. A intenção da Fenprof é, assim, a de chegar ao final da semana com uma resposta de Nuno Crato ao pedido de audiência que lhe foi endereçado. “Já redirecionámos esse pedido para Pedro Passos Coelho e este disse que sim mas voltou a remeter para Nuno Crato que continua sem dizer nada. Esse silêncio é inconcebível porque os professores precisam de saber com o que podem contar e significa que o senhor ministro ou não tem nenhum projeto para a educação em Portugal ou até tem mas sabe que não manda nada e por isso não o apresenta”, sublinhou Mário Nogueira, citado pelo mesmo diário português.
Segunda-feira 18 Fevereiro, 2013