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Ricardo Trêpa

Ricardo Trêpa

“O Porto é uma cidade de gente única e com um centro e praias absolutamente extraordinárias”

Ricardo Trêpa nasceu a 28 de outubro de 1972 no Porto. Cresceu e viveu na Foz até se mudar para Lisboa, mas durante a pandemia de covid-19 voltou às suas origens e por terras nortenhas permaneceu.

Aprecia as coisas simples da vida como “um bom abraço”, praticar surf, andar de mota e viajar. Assume-se como um homem de valores e os que mais presa são a “justiça, bondade, amor, altruísmo, confiança e coragem”.

Nesta entrevista conta-nos um pouco do seu percurso profissional enquanto ator, os projetos que mais o desafiaram e como foi trabalhar com o seu avô, Manoel de Oliveira, um dos maiores realizadores portugueses.

Fala-nos também da experiência de estar em palco com grandes atores portugueses, como Ruy de Carvalho, e integrar um projeto de sucesso de audiências, a novela Festa é Festa na TVI.

O ator portuense revela ainda o que mais gosta na cidade Invicta e nas suas gentes.

Quem é o Ricardo Trêpa? Que características melhor o definem?
Sou um Ser Humano igual a todos com uma energia e luz espetacular que ponho ao serviço da Vida. E para cá andar, quero sempre ser melhor todos os dias, 1 % melhor do que no dia anterior já faz toda a diferença! Para isso acordo e faço uma meditação para ativar todos os meus valores e qualidades, que não são maiores que os meus defeitos, a não ser que tenha a plena consciência do que tenho de bom e utilize isso durante o dia: justiça, bondade, amor, altruísmo, confiança,
coragem…

Que coisas ou lugares o fazem feliz?
Um bom abraço faz-me muito feliz!! (risos). Trabalhar como ator, surfar, elogiar alguém, andar de mota, viajar. Sou bem feliz a fazer isto tudo e mais coisas há! Relativamente a lugares diria que o Douro é muito especial para mim a adoro sempre que lá vou. Estar ao pé do mar é muito especial também.

De que forma aproveita os seus tempos livres?
A fazer desporto, viajar, lêr e a melhorar como pessoa.

Qual a sua principal motivação diária? O que o faz levantar da cama?
Querer, como já disse, evoluir como Ser Humano e viver as infinitas possibilidades que temos disponíveis todos os dias das nossas vidas. Acordar e abrir a alma e coração para que coisas boas que nós tanto queremos possam acontecer.

Que situações ou atitudes o «tiram do sério»?
Atos de injustiça e cobardia tiram-me do sério.

Qual prato típico do Norte que mais gosta e aquele que não consegue provar?
Adoro filetes de pescada e não consigo provar tripas à moda do Porto…o meu Pai adora!!(risos)

Como define a cidade do Porto?
Uma cidade de gente única e com um centro da cidade e praias absolutamente extraordinárias. E com vinho do Porto de excelência.

O que mais gosta na Invicta e nos portuenses?
O clima e o caráter.

Sobre as suas origens, de onde é natural? Onde nasceu e cresceu?
Sou natural do Porto, nasci na Ordem da Lapa. Cresci e vivi na Foz até ir para Lisboa, durante a pandemia de covid-19 voltei às origens e ainda estou por cá. Ainda assim vou todas as semanas a Lisboa por razões de trabalho.

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Como foi a sua infância? O que guarda desses tempos?
A minha infância foi mágica! Os meus avós maternos e bisavó paterna tinham casas com um jardim enorme, brinquei e imaginei tanto, e graças a isso desenvolvi um imaginário muito rico e colorido. Hoje tudo isso serve, sem dúvida, para a minha profissão de ator. Também cresci com irmãos e primos que enriqueceram esse processo.

Conte-nos um pouco do seu percurso académico e profissional.
Tirei um curso de representação na escola do realizador José Fonseca e Costa e durante todos estes anos fiz várias formações e workshops de reciclagem. Continuo a trabalhar diariamente em formação, uma vez que considero que é importante encontrarmos novas «cores» para pôr ao serviço da imaginação e criatividade. Fiz muito e bom cinema com o meu avô (Manoel De Oliveira), filmei também com o João Mário Grilo e João Botelho.
Continuo a fazer televisão, que tanto gosto, e neste momento estou no ar com a TVI na telenovela «Festa é Festa», que é líder de audiência em horário nobre.
No Teatro estreei-me ao lado do grande ator Rui de Carvalho, já há bastantes anos e já com algumas peças no currículo.

Em que idade percebeu que queria fazer da carreira de ator profissão?
Tinha 17 anos e durante um almoço de família ouvi o meu avô dizer que ia filmar para Sevilha. Adorei a ideia e fiz-me de convidado. O meu avô aceitou a ideia mas disse que me ia pôr no filme.
Fiz figuração e lembro que quando gritava ação só me apetecia rir e trincava os lábios…a maior parte da cena foi cortada por causa disso! (risos) Mas o bicho ficou.

O facto de o seu avô, Manoel de Oliveira, ser um dos maiores realizadores portugueses, influenciou de alguma forma esta sua escolha pela profissão de ator?
Sim, claro que ser neto de quem sou me fez escolher a carreira de ator.

Quais as melhores recordações dos tempos em que trabalhou com o seu avô?
Tenho mesmo muitas! O que ficará para sempre será o ambiente de família que sempre se vivia nas rodagens. O meu avô gostava de trabalhar sempre com os mesmos e isso criou laços fortíssimos entre todos. Até aos dias de hoje.

Que conselhos guarda até hoje?
Nunca desistir, acreditar sempre e fazer as coisas com o coração.

O que o apaixona nesta profissão?
A possibilidade de criar coisas novas todos os dias e explorar todo o meu emocional a níveis e situações sempre diferentes.

Dos vários projetos em que já esteve envolvido, que personagem mais o desafiou enquanto ator? Porquê?
O personagem que mais me desafiou e mudou a minha vida foi o D. Sebastião, em «O Quinto Império». A dimensão e complexidade do Rei, a densidade e dificuldade do texto e linguagem, a duração de algumas cenas…tudo isso me obrigou a mergulhar num método de trabalho nunca antes experimentado por mim. Fez-me descobrir muita coisa acerca de mim como ator e ser humano.
Depois desse filme «nasceu» um novo ator e um novo Ricardo Trêpa.

E qual guarda com especial carinho?
Guardo todos, pois cada um foi importante à sua maneira.

Com que atores mais gostou de trabalhar e aprendeu até hoje?
Aprendi sempre com todas as atrizes e atores com quem trabalhei. Destacam-se o Luís Miguel Cintra, Rui de Carvalho, Norberto Barroca, Michel Picolli e John Malkovich, visto que tiveram a generosidade de me ensinar em cena coisas que só com grandes mestres se aprende. Também estou a adorar gravar com o meu núcleo de grandes atrizes e atores do Festa é Festa.

Se tivesse essa oportunidade, que série de televisão internacional do momento gostaria de integrar?
Vejo muito pouca televisão, não sigo nenhuma série.

Se não fosse ator que outra profissão gostaria de ter?
Piloto de F1.

O que é que espera a nível profissional nos próximos tempos? Há algum pormenor que possa adiantar?
Continuar a trabalhar e em projetos vencedores.

Fotografias: Mariana Rocha (Blend)

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