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Encerramento de SASU no Porto pode sobrecarregar urgências

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Governo foi questionado pelo BE sobre o encerramento do Serviço de Atendimento de Situações Urgentes (SASU) do Porto e respetiva substituição por dois serviços de “atendimento complementar”, cuja criação a Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN) confirma.

“Qual a razão para a significativa redução do horário dos serviços de atendimento complementar que a ARSN pretende instalar em substituição do SASU?”, pergunta o coordenador do BE, João Semedo, no documento dirigido ao Ministério da Saúde, a que a Lusa teve acesso. Contactada, a ARSN não comenta nem atesta o fecho do SASU da rua da Constituição, denunciado também pelo vereador da CDU na reunião camarária de terça-feira, indicando que foram criados, a partir de 1 de Janeiro, dois serviços de “Atendimento Complementar”, um para os utentes do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Porto Oriental e outro para os do Porto Ocidental, ambos a funcionar nos dias úteis a partir das 20h00, com encerramento previsto para as 22h00 e 22h45, respetivamente.
Na pergunta entregue no Parlamento, o BE escreve que a ARSN “pretende encerrar o SASU que tem funcionado, nos últimos anos, na cidade do Porto” e que “tem permitido atender situações urgentes de doença aguda fora do horário de funcionamento dos centros de saúde, evitando assim que milhares de utentes sobrecarreguem as urgências hospitalares da cidade”.
“A ARSN pretende substituir o seu funcionamento pelo prolongamento do horário de dois serviços de atendimento complementar, estando previsto, num caso e noutro, uma significativa redução do horário de atendimento relativamente ao atualmente praticado”, alerta João Semedo. Para o coordenador do BE, “não se compreende a razão para este corte num serviço de tão grande utilidade para a população”, que “deixará muitos utentes sem serem observados e tratados, a não ser que recorram às urgências hospitalares, não só mais caras mas, também, muito sobrecarregadas e onde os utentes esperam horas e horas para serem atendidos”.
“Esta decisão da ARSN agravará as condições de acesso aos serviços de saúde e deslocará para os hospitais milhares de doentes que podiam perfeitamente resolver o seu problema de saúde no plano dos cuidados primários, como atualmente acontece”, destaca.
A informação enviada à Lusa pela ARSN explica que aos sábados, domingos e feriados, o horário “de atendimento ao público” na Unidade de Saúde do Covelo, situado na rua Faria Guimarães (zona oriental) é das 09h00 às 16h00, ao passo que na Unidade de Saúde da Carvalhosa, na rua da Boavista (zona ocidental), a “consulta vai funcionar” das 09h00 às 16h45.
Com a data de 27 de dezembro, as notas de imprensa explicam que estes atendimentos complementares se destinam aos utentes “portadores de situações agudas que ocorram fora do horário de funcionamento da respetiva unidade funcional de saúde” e “a garantir a continuidade de cuidados curativos em dias não úteis”.
Os comunicados justificam a criação dos dois serviços devido ao reconhecimento “da necessidade de oferecer melhor resposta de cuidados de saúde primários à população para além do horário regular de funcionamento das suas unidades de saúde”.

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