O novo presidente da autarquia de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, reconheceu esta terça-feira que prefere ficar em minoria na câmara, onde conseguiu cinco mandatos, “do que ter algum tipo de acordo de interesses” com a oposição, com seis. “Se houver um acordo programático, em que se percebam coincidências de pontos de vista para resolver o problema das pessoas e estratégias comuns, com certeza que esse acordo passará por um envolvimento ativo de outras forças políticas”, referiu o socialista, que conquistou, no passado domingo, 38,15% dos votos. As últimas eleições autárquicas representaram o regresso de Vila Nova de Gaia à liderança socialista (sem maioria absoluta), depois de 16 anos de governação PSD/CDS, pelas mãos de Luís Filipe Menezes. O professor universitário Eduardo Vítor Rodrigues vai, agora, assumir os destinos da cidade e admite entregar alguns dos pelouros às duas forças da oposição que elegeram três mandatos cada (PSD/CDS e independente Guilherme Aguiar) mas só no caso de existir “um acordo programático e não um acordo de interesses”. “Prefiro ficar em minoria do que ter algum tipo de acordo de interesses”, defendeu.
Em relação ao ciclo político de 16 anos que agora se fecha, o socialista elogiou a “grande revolução” que Menezes dinamizou em “muitos domínios”, lamentando, contudo, o “despesismo que muitas vezes se materializou na forma de gerir as empresas municipais” como a Gaianima, que tenciona “extinguir de imediato”.
