O outono foi de “temperaturas acima da média” e “precipitação normal”. Já no inverno, “dias mais quentes do que o habitual para a época” e “muita pouca chuva”. Foi assim que, de acordo com o jornal Público, se chegou a março “com mais de um terço do território em situação de seca severa – nos distritos de Évora, Beja, Setúbal e Algarve – e quase metade em seca moderada”.
E para que seja possível reverter esta situação, é necessário que “chova o dobro do normal para o mês de abril, algo que só aconteceu em 20% destes meses desde 1931”.
Vanda Ribeiro, da Divisão de Clima e Alterações Climáticas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), afirmou que este mês “é decisivo”, segundo aquela publicação. “Se [os valores da precipitação] não forem superiores, a situação pode diminuir ligeiramente, mas não é suficiente para revertê-la por completo. Têm de ser acima do normal.”
“Se se verificarem estas quantidades [de precipitação], no Norte e Centro a situação [de seca] termina”, assegura. “No Sul não termina, mas melhora. Fica entre seca fraca a moderada.”
Contudo, chover não será o suficiente, há, ainda, outra preocupação. “Se tivermos um mês com temperaturas muito altas, pode não ser o suficiente, uma vez que a evaporação é muito grande e não compensa”, explica Vanda Pires.